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Investidores acusam Vitória de Setúbal de burla de 700 mil euros

Transferência de Venâncio seria para pagar empréstimo.

17 de outubro de 2018 às 08:38

Três investidores privados queixam-se de ter sido burlados pela direção do V. Setúbal em 700 mil euros, no início desta época. Dois financiadores entraram com 300 mil euros cada, um deles, em numerário; o terceiro cedeu os restantes 100 mil euros. Os 700 mil euros permitiram que a equipa pudesse inscrever os jogadores na Liga.

O acordo, segundo contaram os investidores ao Correio da Manhã, previa o pagamento da totalidade da dívida assim que fosse vendido o central Frederico Venâncio, o que acabou por acontecer - foi para o V. Guimarães. Consumada a transfe- rência, os investidores reclamaram o valor do empréstimo, mas não obtiveram uma resposta positiva dos sadinos. Alegaram que os vimaranenses ainda não teriam saldado a dívida relacionada com Venâncio.

Segundo o CM apurou junto de fonte oficial do V. Guimarães, as "contas estão liquidadas", no que respeita à transferência do defesa. "O departamento de contabilidade não percebe o que está em causa", concluiu a mesma fonte.

Segundo os investidores, que pediram para não serem identificados, nem o dinheiro do empréstimo em numerário, nem o valor da transferência de Venâncio deram entrada nas contas do V. Setúbal.

Sadinos negam ilegalidades

"Tal como foi anunciado,  foi preciso recorrer a investidores para fazer face a problemas pontuais de tesouraria. Foram feitos contratos de mútuo devidamente reconhecidos e refletidos na contabilidade da SAD com três investidores, Armando Jorge Carneiro, Paulo Teixeira e António Rosário", refere o V. Setúbal em comunicado, acrescentando: "Esses contratos foram assinados num escritório de advogados e foi dado como garantia o produto da venda dos direitos e inscrição desportiva do atleta Venâncio. Sucede que a transferência foi feita em molde que não foi ainda recebido qualquer produto da venda. Quando for, serão cumpridos os contratos".

Fotos do dinheiro

O CM teve acesso a fotos do ‘vice’ sadino, José Condeças, a colocar dinheiro num saco. O clube diz que estão "retiradas do contexto" e são da "contagem do dinheiro do bingo".

Queixa nas autoridades

Os três investidores vão agora apresentar uma queixa nas autoridades, numa tentativa de reaver os 700 mil euros.

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