Matador Jiménez resolve

Um golo à matador de Raúl Jiménez ditou este domingo a vitória do Benfica, diante do Rio Ave, em Vila do Conde, e o regresso à liderança da Liga, depois de Jorge Jesus e o Sporting terem passado a noite de sábado para domingo no topo da classificação.

O embate no Estádio dos Arcos foi fraco na 1ª parte e melhorou um pouco após o intervalo, sobretudo por parte dos encarnados. Começou bem para as águias com o defesa Pedrinho (2’) a salvar em cima do risco de golo uma cabeçada de Jardel, na área, na sequência de um canto de Gaitán, na esquerda. Mas o que parecia ser acabou por não se concretizar. Isto é, até ao intervalo, a partida foi um autêntico bocejo. É certo que o Benfica teve mais bola e que o Rio Ave passou mais tempo a defender do que a atacar. Só que os visitantes, que pareciam estar a jogar em casa, tal a cor predominante nas bancadas, não mostravam a mínima imaginação para entrarem na área contrária. A bola só por lá aparecia em livres e cantos. E, aí, os defesas da casa foram sempre mais eficazes do que os avançados do adversário. E só mesmo após mau alívio num canto é que voltou um sinal de perigo, num remate frontal de Gaitán que saiu perto do alvo.

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A segunda parte foi diferente. Houve um pouco mais de velocidade, mais intensidade e mais Benfica, que entre os 54 e os 56 minutos teve três oportunidades flagrantes para abrir o marcador. Na primeira, a passe de Jonas, Gaitán ficou na cara de Cássio e deu-lhe, literalmente, a bola; na segunda, a passe de Gaitán, Jonas surgiu solto à frente de Cássio e... deu-lhe a bola; na terceira, após um canto, a defesa da casa atrapalhou- -se e a bola sobrou para Mitroglou, que atirou ao lado.

Depois destes sustos, o Rio Ave uniu esforços na defesa e aguentou-se bem até aos 74’, quando Jiménez fez o golo. Centro de André Almeida, na direita, Vilas Boas, na área, desviou de forma inacreditável para a barra e Jiménez, no segundo poste, apareceu que nem uma flecha a fazer o 1-0, de cabeça. Seguiu-se uma enorme festa nas bancadas, com lançamento de tochas para o relvado, e uma leve reação do Rio Ave, que empurrou o Benfica para a defesa, embora nunca conseguisse apoquentar Ederson. O guarda-redes brasileiro, aliás, não chegou a ser posto à prova. Ao ponto de não ter efetuado uma única defesa digna desse nome.