Vitória da seleção nacional nas grandes penalidades.
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Ricardo Quaresma respirou fundo. Olhou para Fabianski e disparou um míssil que colocou a turma das quinas na rota de um inédito título. À quarta tentativa, Rui Patrício voou e defendeu o remate do extremo Kuba.
Quatro anos depois, Portugal volta a marcar presença nas meias-finais da fase final de um campeonato da Europa de futebol. Esta quinta-feira, a seleção nacional eliminou a Polónia no desempate pela marca de grandes penalidades por 5-3. Ao fim de 120 minutos, os dois conjuntos não conseguiram desatar o empate. Lewandowski deixou os polacos em vantagem mas Renato Sanches empatou a contenda.
Na próxima quarta-feira, às 20 horas, os comandados de Fernando Santos vão defrontar em Lyon o vencedor do duelo desta sexta-feira entre a Bélgica e o Pais de Gales.
Duelo repartido no Vélodrome
Pior, impossível. Logo ao segundo minuto de jogo a Polónia adiantou-se no marcador. Cédric falhou o corte, Grosicki fugiu à marcação do lateral-direito e com uma assistência primorosa assistiu Lewandowski para o 1-0. O avançado apontou, aos 100 segundos do duelo desta do Vélodrome, o segundo golo mais rápido em toda a história dos campeonatos da Europa. O tiro certeiro mais rápido pertence ao russo Kirichenko, que no Euro 2004 marcou à Grécia aos 67 segundos.
Balde água gelada para Portugal, que reagiu de forma tímida. Ao contrário dos polacos, que dominaram o encontro e estiveram próximos de dilatar a vantagem à passagem do minuto 17, novamente por intermédio de Lewandowski.
A equipa das quinas estava perdida em campo, num esquema tático que nem era carne – 4x4x2 – nem peixe – 4x3x3 e só deu sinais de vida aos 30 minutos, Pazdan derrubou Cristiano Ronaldo na grande área mas nada foi assinalado pelo juiz alemão Felix Brych.
Porém, três minutos volvidos chegou o empate. Descaído sobre o lado direito, Renato Sanches, após receber um passe de Nani, desferiu um portentoso remate de pé esquerdo que não deu hipóteses de defesa a Fabianski. A bola ainda tocou no corpo de Krychowiak. A turma das quinas marcou no segundo remate que fez à baliza adversária.
O médio, no primeiro jogo a titular com as cores da selecção, tornou-se, aos 18 anos e 317 dias no jogador mais jovem a apontar um golo na fase a eliminar dos campeonatos da Europa. O anterior recorde pertencia a Cristiano Ronaldo, que no Euro2016 tinha apontado um golo na vitória lusa sobre a Holanda nas meias-finais. Na ocasião, CR7 tinha 19 anos e 146 dias.
Sinal mais para Portugal na segunda parte
Ao contrário da etapa inicial, Portugal entrou na segunda parte "acordadinho" como tinha pedido Fernando Santos na antevisão ao duelo. Aos 55 minutos, Nani assistiu Cristiano Ronaldo e o capitão rematou mas às malhas laterais, quando João Mário estava numa posição melhor.
A pressão portuguesa mantinha-se e pouco depois Adrien não conseguiu ultrapassar a barreira polaca, na sequência de um lance bem gizado. Só dava Portugal e aos 64 minutos Cédric esteve a poucos centímetros de selar a "remontada". A Polónia reagiu e valeu a atenção de Rui Patrício a estragar a festa a Milik.
Minuto 80, Pepe recupera uma bola no meio-campo contrário, percorre alguns metros e tenta assistir Cristiano Ronaldo mas Jedrzejczyk fez um corte e por escassos centímetros não marcou na própria baliza.
A armanda lusitana não desistiu e a cinco minutos dos 90 voltou a estar próxima do segundo golo. João Moutinho fez um passe açucarado, o capitão Ronaldo fugiu à marcação dos centrais polacos mas na hora H falhou o timing do remate. Lance que levou o craque do Real Madrid ao desespero.
Prolongamento e tudo na mesma
Tal como nos oitavos-de-final diante da Croácia, o encontro foi para prolongamento. No primeiro minuto do tempo extra, CR7 voltou a estar a poucos centímetros do golo mas não conseguiu rematar. Na primeira etapa do tempo extra, destaque apenas para um cruzamento do ataque da Polónia mas o lance foi cortado pro Cédric.
Com o passar dos minutos, o cansaço começa a apoderar-se dos jogadores dos dois conjuntos e o encontro ia arrastando-se sem grandes notas de interesse. O nó manteve no decurso dos segundos 15 minutos e o vencedor do jogo só foi desvendado no desempate da marca de grandes penalidades, onde Rui Patrício vestiu a pele de salvador da pátria.
Com o triunfo desta quinta-feira, a seleção marca presença nas meias-finais de um Europeu pela quinta vez em sete participações.
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