Avançado aconselhado a não voar ia de carro para Liverpool com o irmão André Silva. Ambos perderam a vida em despiste seguido de incêndio em Espanha.
Do menino que jogava no Gondomar a craque da Seleção Nacional: a carreira de Diogo Jota em imagens
Uma lesão contraída em outubro está na origem do acidente que na quinta-feira de madrugada tirou a vida a Diogo Jota e ao irmão mais novo André Silva. O avançado do Liverpool e da Seleção Nacional estava a regressar a Inglaterra de automóvel uma vez que tinha sido desaconselhado a andar de avião devido ao problema pulmonar - um pneumotórax - que obrigou a uma intervenção cirúrgica após a final da Liga das Nações, realizada a 8 de junho. A viagem terminou ao quilómetro 65 da A- 52, na zona de Zamora, Espanha, pelas 00h35 de quinta-feira, quando o Lamborghini em que os dois irmãos seguiam se despistou e incendiou após capotar várias vezes. Os corpos ficaram calcinados e só através da matrícula é que a polícia espanhola percebeu quem eram as vítimas.
Fisioterapeuta respiratório de Diogo Jota explica qual foi o problema que levou o jogador a não viajar de avião
Diogo Jota já tinha viajado de carro do Reino Unido para o Porto no início de junho, quando preparava o casamento com Rute Lourenço. Apanhou um 'ferry' em Portsmouth e desembarcou em Santander, no norte de Espanha, onde alugou um carro e seguiu em direção à Invicta, enquanto a família viajava de avião, segundo o médico Miguel Gonçalves, do departamento de pneumologia do hospital de São João, citado pelo Record. Após o casamento, a 23 de junho, "sentiu algumas dores, a cicatriz da operação inflamou um pouco e ele foi a uma unidade hospitalar aqui da cidade, onde um colega o encaminhou para mim para fazer fisioterapia respiratória", conta o médico.
Por estes motivos, Diogo e o irmão fizeram na noite de quarta-feira o percurso inverso. "Despedi-me deles por volta das 20h30. O irmão foi um companheiro formidável e decidiu ir com ele, acompanhá-lo na viagem, e assim estariam também mais tempo juntos. Iam viajar de noite por ser mais fresco, mas nem iam diretos. Disse-me que a viagem era de cerca de oito horas, mas que iriam parar num hotel na zona de Burgos para descansar. Só deviam chegar hoje [quinta-feira] a Santander, apanhar o barco e então chegar a Inglaterra. A família chegaria depois de avião, organizaria a sua vida no fim de semana e depois, na segunda-feira, tinha uma reunião médica marcada no Liverpool para fazer o ponto de situação do caso", lamentou o médico.
Família reconhece
Familiares de Diogo Jota e André Silva chegaram ao final da manhã à morgue, em Zamora, para onde os corpos foram levados. Terá sido a viúva de Diogo Jota a fazer o reconhecimento dos corpos, que foram autopsiados a seguir. Cerimónias fúnebres deverão começar hoje e os funerais decorrerão amanha de manhã, em Gondomar.
A-52 alvo de queixas
A A-52 foi alvo de mais de 40 denúncias por mau estado do pavimento num mês, segundo o La Opinion de Zamora, devido aos buracos no troço de Sanabria.
Pneu de Lamborghini rebentou durante ultrapassagem
A Guardia Civil espanhola avançou ainda na quinta-feira que uma falha num pneu estará na origem do acidente que vitimou Diogo Jota e André Silva. "Um acidente de carro, a envolver um Lamborghini, aconteceu às 00h30 desta madrugada ao quilómetro 65 da A-52, no município de Cernadilla, em Zamora. Um veículo saiu da estrada, ao que indica devido ao rebentamento de um dos pneus durante uma ultrapassagem. Como resultado do acidente, o carro ficou em chamas e ambos os ocupantes morreram. Ainda antes da realização dos exames forenses, um dos falecidos foi identificado como sendo Diogo Jota, jogador do Liverpool. O outro foi o irmão, André Filipe", lê-se no comunicado das autoridades espanholas.
A investigação vai agora tentar perceber todos os fatores que levaram ao acidente, desde a velocidade até ás condições dos pneus da viatura. Especialistas do setor automóvel explicam que neste tipo de carros superdesportivos, os pneus devem ser trocados a cada três mil a cinco mil quilómetros devido às velocidades que o Lamborghini atinge, ao contrário de um carro 'normal', em que os pneumáticos fazem até 20 mil quilómetros sem problemas de maior.
Segundo a imprensa espanhola em causa está um Lamborghini Huracan, um automóvel com 640 cavalos de potência que ultrapassa os 360 km/h e que custa mais de 300 mil euros, sendo um modelo muito popular entre futebolistas. Em 2017 um destes modelos foi oferecido ao Papa Francisco.
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