"Reconheço que gostava de estar aqui a festejar muitos mais títulos no futebol e numa semana diferente", referiu.
O presidente do Benfica, Rui Costa, admitiu esta sexta-feira ter chegado impreparado à liderança do clube, ao qual será recandidato nas eleições de 25 de outubro, volvidos "quatro anos difíceis e com poucos títulos" no futebol e nas modalidades.
"Reconheço que gostava de estar aqui a festejar muitos mais títulos no futebol e numa semana diferente. Percebo na perfeição a responsabilidade que é estar à frente de um clube desta dimensão, assim como percebo a frustração dos nossos adeptos e sócios quando a equipa não ganha. Nunca fugirei a essas responsabilidades", reconheceu.
Rui Costa, de 53 anos, fez a sua primeira ação de campanha eleitoral em Paredes, por ocasião do 26.º aniversário da casa do Benfica local, numa altura em que faltam cinco semanas para as eleições dos órgãos sociais do clube rumo ao quadriénio 2025-2029, cuja candidatura revelou em 10 de julho, entre o fim de 2024/25 e o início da época atual.
"Não escondo que é uma tristeza para mim não termos conseguido mais títulos no futebol neste período. Ninguém sofre mais por isso do que eu. Acreditem que ninguém sente mais a ausência desses títulos do que eu. Também sei que, quando a equipa de futebol não ganha, tudo o resto passa ao lado e aparenta estar errado, mas não esteve", observou.
Revisitando o percurso desportivo, financeiro, social e estrutural do Benfica no derradeiro quadriénio, para o qual foi eleito no sufrágio antecipado de 2021, o mais participado de sempre do clube, Rui Costa lembrou as circunstâncias em que rendeu Luís Filipe Vieira, líder mais longevo da história 'encarnada' e um dos seis candidatos ao próximo escrutínio.
Em julho de 2021, o antigo médio internacional português e então vice-líder do Benfica substituiu interinamente o 33.º presidente da história 'encarnada', que tinha renunciado ao cargo depois da sua detenção no âmbito da operação Cartão Vermelho, deixando para trás quase 18 anos e seis mandatos, num trajeto diretivo começado em outubro de 2003.
"Não ganhámos muito, mas queria relembrar a toda a gente como entrei para presidente neste clube. Foi talvez no período mais controverso da nossa história. É verdade que passámos por momentos maus no passado, quer financeiros, quer estruturais, mas eu virei presidente da manhã para a noite para não deixar o Benfica cair", notou Rui Costa.
Para trás ficaram 13 anos de ligação entre o Luís Filipe Vieira e o seu sucessor, que, já depois do regresso à Luz para encerrar a carreira de jogador, tornou-se em 2008 diretor desportivo e administrador da SAD, responsável pelo futebol profissional das 'águias'.
"Virei presidente do Benfica impreparado, porque estava de manhã a trabalhar com a equipa de futebol no Seixal e ao fim do dia era presidente. Não esqueço de tudo o que vivi, mas não me arrependo, porque nunca me escondi nem me vou esconder da responsabilidade que é ser benfiquista", frisou o líder da lista "Só o Benfica importa".
Eleito há quatro anos com 84,48% dos votos, contra 12,24% de Francisco Benitez, Rui Costa terá a concorrência do empresário Luís Filipe Vieira, do gestor João Noronha Lopes, dos advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho e do industrial Martim Mayer, desejando "estar mais forte do que nunca" para emendar erros e reforçar o trabalho feito.
"Naquele período, apareci eu e o Francisco Benitez. Não apareceu mais ninguém e era aí que, se calhar, o Benfica precisava de tantos candidatos à presidência. Foram quatro anos de muitas modificações após uma gerência de 20 anos. É normal que se demore algum tempo a mudar coisas e a pôr em prática o que se pretende. É normal que tenha falhado em alguns casos, em que podia ter sido mais rápido. Não me custa admitir isso", disse.
Convicto de que o Benfica poderá conquistar troféus em 2025/26 - incluindo o título de campeão nacional, arrebatado pela última vez em 2022/23 -, Rui Costa, que fez regressar na quinta-feira o treinador José Mourinho ao comando da equipa de futebol 25 anos depois, relativizou as críticas dos adversários eleitorais à situação financeira do clube.
"Se estivesse problemática, não apareciam seis candidatos. Não sou eu que o digo, é a história do Benfica. Os custos operacionais aumentaram 5% por ano, mas as receitas subiram 10,8%. Jamais meteria o clube em perigo ou instável financeiramente", finalizou.
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