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Atleta olímpica que morreu incendiada pelo namorado foi regada com gasolina em frente às filhas menores

Maratonista ugandesa de 33 anos competiu nos Jogos Olímpicos de Paris, este ano.

05 de setembro de 2024 às 08:05

A maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei, de 33 anos, morreu quatro dias depois de ter sido incêndiada pelo namorado, anunciou o presidente do Comité Olímpico do Uganda, esta quinta-feira.

No domingo a atleta foi regada com gasolina pelo ex-namorado, indica a Reuters, citando meios de comunicação ugandeses. Quando regressavam da igreja, Dickson Ndiema Marangach regou-a com gasolina e pegou-lhe fogo à frente das filhas, duas meninas de 9 e 11 anos, segundo o jornal The Standard. O namorado da maratonista também ficou ferido. 

Rebecca deu entrada no Moi Teaching and Referral Hospital, na cidade de Eldoret, no Quénia, no domingo, em estado grave, com mais de 75% do corpo queimado.

Um funcionário hospitalar, que não se quis identificar, disse na quarta-feira à agência de notícias France-Presse (AFP) que o estado da atleta tinha piorado depois desta ter "desenvolvido uma septicemia", indica a Lusa.

Não resistiu aos ferimentos, acabando por falecer. 

De acordo com um relatório da polícia consultado pela AFP e citado pela Lusa, o suspeito, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu a propriedade de Rebecca Cheptegei por volta das 14h00 no domingo (12h00 em Lisboa), enquanto esta se encontrava na igreja com os filhos.

O ataque terá acontecido no contexto de uma disputa entre o casal. O relatório da polícia descreveu Rebecca Cheptegei e Dickson Ndiema Marangach como "um casal que tinha constantes disputas familiares". 

A maratonista vivia com a irmã e dois filhos na casa que tinha construído em Endebess, cidade onde treinava, a 25 quilómetros da fronteira com o Uganda, disse na terça-feira o pai Joseph Cheptegei.

A alteta competiu nos Jogos Olímpicos de Paris, terminando a competição em 44.º lugar este ano.

O namorado, Emmanuel Ibrahim Rotich, está a ser julgado por homicídio, negando as acusações. As autoridades locais dizem estar a investigar o caso. 

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