Quem viu um filho, um irmão ou um neto desaparecer sem rasto acalenta a certeza de que o vai voltar a abraçar
Uma simples fotografia é para alguns pais a única forma de verem os filhos crescer. As crianças desapareceram dos seus braços, algumas há anos - cinco, dez, quinze. Mas serão sempre crianças vivas nas fotografias dos pais que continuam a procurá-las. Filomena Teixeira é mãe; tem o olhar preso a esse horizonte. A dor rola em lágrimas pela sua face pálida. A notícia de que 13 anos após o desaparecimento, aos onze, do seu filho Rui Pedro - no fatídico dia 4 de Março de 1998, em Lousada - o caso encontra um arguido foi uma bomba que a paralisou. As palavras agora silenciosas por imposição médica encontram eco na voz do marido. "Explicaram-me que já não restam dúvidas de que o Afonso Dias [hoje, com 34 anos] esteve envolvido no desaparecimento do meu filho. O facto de ele ter sido constituído arguido dá-nos esperança. Vamos saber o que aconteceu" - conta Manuel Mendonça. O Rui Pedro "está vivo, está bem", diz o coração destes pais.
Em 2010, até final de Setembro, foram reportados à Polícia Judiciária (PJ) 623 desaparecimentos de crianças e jovens entre 12 e 18 anos; e ainda mais 49 casos referentes a menores de 12 anos, informou a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas (APCD) - fundada pela mãe de Rui Pedro. Já este ano, nos últimos dois meses, a APCD registou seis pedidos de ajuda. "Às vezes basta um abraço - que alguém diga ‘estou convosco' - para que a força regresse ao fraco corpo de mães e pais, extenuados que estão de uma luta sem oponente visível e envolta em falta de informação e apoio", revela Patrícia de Sousa Cipriano, presidente da associação.
VINTE ANOS DE AUSÊNCIA
Maria Manuela e Pedro Augusto Sepúlveda envelheceram, têm mais de 60 anos. Jorge Manuel desapareceu quando tinha 14. É tudo o que os pais sabem dele hoje, praticamente duas décadas depois. "Nós não matamos as saudades dele", conta a mãe. "Vivemos a pensar que ele se ausentou".
Para a psicóloga criminal Ana Valente, cada família tem a sua dinâmica própria. "Organizam-se de forma a ter uma continuidade afectiva com a criança [mesmo que ausente]. Não conseguem assumir a rotura afectiva porque não conseguem fazer o luto".
QUARTO GUARDADO EM CAIXAS
O quarto de Jorge Manuel está guardado em caixas. A cama, o armário com os desenhos dele e os marcadores. A família acabou por mudar de casa para minimizar o pesadelo - mas nunca para deixar de procurar o filho. "Era insuportável ter uma porta fechada [do quarto de Manuel]. E se estava aberta ainda era pior" - justificam. Ouvia-se o vazio do quarto.
Manuel levantou-se cedo no feriado de 15 de Agosto de 1991. Foi para a cozinha fazer experiências com o forno. "O que estás tu a fazer?" - perguntou-lhe a mãe, quando acordou às sete da manhã e o surpreendeu na cozinha. "Está toda a gente a dormir, o teu pai, a tua irmã. Vai dormir um bocadinho ou vai brincar". O miúdo dirigiu--se para o quarto sem replicar. Pouco depois, supõe-se, desceu pela varanda para um telheiro e fugiu pela quinta nas traseiras da vivenda, em São Pedro do Estoril. "Com certeza ele ia para a praia, porque foi visto por uma colega de escola junto ao paredão em direcção ao Tamariz", recorda Maria Manuela. "O Manuel tinha uma percentagem pequena de autismo. Era um miúdo dotado de uma inteligência superior" - confessa a mãe. Não era a primeira vez que o filho fugia, mas pela primeira vez o caso nem dava tempo para lágrimas. Era preciso agir, informar as autoridades.
"Saímos todas as noites. Cheguei a dar dinheiro a miúdos de rua, outros andaram de carro connosco para nos levar a sítios onde o nosso filho pudesse estar", conta a mãe. Na altura, só o marido trabalhava mas depressa as baixas médicas o afastaram da parte comercial da Swiss Air.
Em Lisboa, havia contentores desde Belém até ao Beato. Entraram em todos, um por um. Descobriram que havia famílias a dormir nas carruagens de comboio nas horas em que eles paravam no Cais do Sodré. "Eram noites perigosas porque, quando se destapam indivíduos que estão a dormir na rua, nunca se sabe como vão reagir - uns era de faca na mão, de pistola. Nos contentores, onde havia droga, também não era brincadeira. Levávamos a fotografia do Manuel e dizíamos: ‘desculpem, mas não viram este rapaz por aqui?'" - recorda o pai, Pedro Augusto.
Ainda hoje a família Sepúlveda está revoltada. Poucos elogios fazem à actuação dos inspectores da PJ - "eram apenas dois e um deles, uma senhora, não saía à noite" - que, apesar da "simpatia", nunca deslindaram o caso.
A CAMINHO DA ESCOLA
Sentada no sofá da sala da sua humilde casa, por entre os brinquedos abandonados, Maria de Jesus Silva olha com pesar para os recortes de jornais e revistas que a vida obrigou a guardar. Contam a desgraça que lhes bateu à porta no dia 13 de Maio de 1994: "A Cláudia andava na escola, no primeiro ano, e a empregada mandou-a vir a casa, com outro menino, buscar sacos para o lixo. Ela regressou sozinha à escola porque o menino ficou a brincar com os meus sobrinhos. Quando ele voltou para a escola, a empregada perguntou pela Cláudia. Ele respondeu que ela já tinha regressado".
Da menina de apenas sete anos nunca mais houve uma pista em Oleiros, Vila Verde, distrito de Braga. "Fomos procurá-la à escola, na casa da minha irmã, na casa dos vizinhos. Andámos assim até à meia-noite e nunca mais a encontrámos. No dia seguinte fui à GNR mas disseram-me que tinha de esperar 48 horas". Desde então, garante, "pouco ou nada foi feito. Apenas fizeram perguntas e mais perguntas". Sempre que remexe na mágoa, Maria de Jesus recorda as palavras de uma prima poucos dias antes do desaparecimento da sua filha. "A minha prima queria levar a Cláudia para longe. Chegou a dizer que ‘se não fosse a bem, seria a mal'".
Os olhos azuis de Maria de Jesus estão gastos pela dor. Dos cinco filhos que deu à luz, só três vingaram. E recentemente a morte ceifou-lhe o amparo do marido. As vestes negras são o reflexo de quem não se esquece dos que amou. "A Cláudia está viva. Sempre que sonhava com ela vi-a como ela era, uma menina, mas não lhe via a cara. Agora vejo-a mas é estranho, a cara é diferente".
COM A MÃE NO ESTRANGEIRO
Manuel dos Santos nunca entrou numa igreja mas não poupa na expressão ‘Deus queira'. "No dia 31 de Dezembro [de 2008] entreguei a Sara à mãe para a visita a que tinha direito mas tive um pressentimento e liguei-lhe às seis da manhã. Ela atendeu mas só percebi que estavam em andamento num carro e que a minha filha também ia. Ainda a ouvi falar mas não percebi o que dizia e, entretanto, a chamada caiu. Nunca mais a ouvi", lamenta o pai.
"Fui à GNR e à Polícia Judiciária mas, passados dois anos, pouco foi feito. A minha Sara caiu no esquecimento", afirma. Apesar de nunca mais ter visto a filha, Manuel nunca lhe perdeu o rasto. "No país onde estão agora [mãe e filha] foram pedir o rendimento mínimo, mas [as autoridades] descobriram que os documentos da minha filha são falsos. Foi assim que a Interpol a localizou. Eles têm a morada. Não percebo porque não fazem nada", desabafa. "Se tivesse alguém que me ajudasse eu ia buscar a minha filha e assumia as consequências dos meus actos. Tenho tudo legal, inclusive a guarda dela".
O ex-inspector da PJ António Teixeira explica que "nos desaparecimentos, tem que se ponderar a personalidade da criança, o meio familiar - há muitas desavenças, abusos sexuais -, e a rede de amigos. E, em último caso, comunicar à secção de homicídios". Sempre que haja indícios de crime, independentemente da sua suposta natureza, a secção de homicídios passa a investigar, mesmo que a morte da criança não seja o cenário mais provável - investigam até suspeitas de crime de natureza sexual. "Que eu tenha conhecimento, não temos nenhum caso em Portugal em que claramente se possa dizer que a criança entrou em redes de pedofilia. Há suspeitas apenas", revela António Teixeira. "Daqueles casos transmitidos que pudessem ser de homicídio, não me recordo de nenhum que não tivesse sido resolvido".
Manuel Coutinho, coordenador da Linha SOS Crianças Desaparecidas (acessível através do número 116000), avança que, em 2010, receberam 40 denúncias de desaparecimentos - duas crianças perderam-se, cinco foram raptadas por familiares e 24 fugiram da família ou de instituições -, sendo que 32 foram encontradas. Sobre os oito casos em aberto, julga-se que seis digam respeito a raptos parentais e dois a fugas. Em 2009 foram registados 88 casos de desaparecimento de crianças e em 2008 foram 76.
Na Madeira, há pelo menos dois casos em aberto. E os dois em Câmara de Lobos.
O PAI RAPTOR
O pai de Sofia Oliveira, desaparecida a 22 de Fevereiro de 2004, quando tinha dois anos, foi condenado a penas de prisão de seis anos e meio pelo rapto da menina. "Ele tirou a criança aos braços da mãe. Apresentámos queixa na hora e até nos censuraram porque, diziam, como ele era o pai também tinha direitos", conta uma familiar de Maria Irene Andrade, mãe da Sofia. "Eles viviam nos Açores e ela achava que na Madeira tinha melhores condições de vida. Então voltou. Quando ele foi visitar a menina, a casa dos avós, ninguém sonhava o que lhe passava pela cabeça", conta a mesma fonte, já a chorar. O pai, mesmo em tribunal, não revelou o que aconteceu à filha.
O outro caso já leva mais de 12 anos de incerteza, de sofrimento. Na passada terça-feira, Maria da Conceição Teles mandou celebrar uma missa por intenção do filho João José. É o dia do seu 29º aniversário. Maria da Conceição foi sozinha à igreja. Vê repetidamente a fotografia do filho e depois pergunta-se: ‘onde andas tu, meu filho?'. "Não faço a mínima ideia", acaba ela por responder. "Se ele fugiu, não tinha razão. Eu era tão amiga dele".
A família morava numa casa velha. João partilhou durante anos uma cama de casal com os três irmãos. Tinha vergonha de lá levar os amigos. Quando desapareceu, já os pais tinham conseguido dar uma cama a cada filho, embora partilhassem o mesmo quarto. Nesse dia, a 6 de Outubro de 1998, aos 16 anos, João ia inscrever-se no 9º ano. "O caminho para a Escola do Estreito era o mesmo de sempre. A paragem de autocarro ficava a cinco minutos de casa. Ele desceu no largo do Machiqueiro e aí evaporou-se" - conta o irmão mais velho, Vasco Teles. "É muito diferente ter um ente querido que morreu de outro que desapareceu. Há muitas perguntas sem resposta por parte da GNR e da PJ. Neste País o que reina é o poder, nós somos pobres", lamenta.
Resta a resistência sobre-humana da mãe: "Eu só morro quando ele chegar a casa". É nos pais já envelhecidos pelos anos que subsistem as marcas visíveis do desaparecimento dos filhos, até hoje, nunca encontrados.
RUI M. PEREIRA DESAPARECEU HÁ 12 ANOS
O dia 2 de Março de 1999 será para sempre recordado em Vila Nova de Famalicão como o dia em que Rui Manuel Pereira desapareceu sem deixar rasto. No mesmo mês, um ano antes, a 52 km, em Lousada, tinha desaparecido Rui Pedro. O menino de Famalicão tinha 13 anos de idade. Hoje terá 25.
A sua fotografia difundida no site da Polícia Judiciária e tantas vezes reproduzida em acções de solidariedade mostra um menino que não teve permissão para crescer com o amparo do pai e da mãe. A vida, madrasta, obrigou-os a emigrar para França, com os outros dois filhos. Rui Manuel Pereira estará longe da vista mas não do coração. Os pais nunca se conformaram.
O processo foi transferido para o Ministério Público de Famalicão e teve um arquivamento condicional. No entanto, o inquérito poderá vir a ser reaberto caso surjam novas pistas sobre o desaparecimento do jovem. O seu arquivamento final só acontecerá se se concluir que não existe crime ou se o tempo para aplicação de crime prescrever. Para já, Vila Nova de Famalicão está a organizar um movimento para voltar a lembrar o Mundo da sua criança desaparecida.
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