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Como se não bastasse a variante Ómicron para nos tirar o sono, o ano 2022 começa com a ameaça de uma guerra a pairar sobre o Leste da Europa.
Como se não bastasse a variante Ómicron para nos tirar o sono, o ano 2022 começa com a ameaça de uma guerra a pairar sobre o Leste da Europa. A Rússia tem mais de 100 mil militares concentrados junto à fronteira com a Ucrânia e ameaça usar a força se os EUA e a NATO não lhe derem "garantias de segurança", nomeadamente, a promessa de não estacionarem tropas e armamento nos países do Leste que se juntaram à Aliança após o colapso da União Soviética. Putin sabe que se trata de uma exigência impossível e a grande incógnita é saber até que ponto o presidente russo vai esticar a corda. Em Washington diz-se que a ameaça de uma invasão é real, mas nem os EUA nem os aliados europeus parecem dispostos a enviar tropas para defender a Ucrânia, país que não faz parte da NATO. O Ocidente espera que a ameaça de sanções económicas pesadas seja suficiente para dissuadir Putin, mas ninguém arrisca prever o desfecho daquele que é já considerado o mais tenso braço de ferro entre a Rússia e o Ocidente desde o fim de Guerra Fria.
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