A edição de hoje
Artigo exclusivo
Animais têm hoje uma maior esperança de vida graças à evolução dos tratamentos a que são submetidos quando estão doentes.
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Vamos chamar-lhe paciente Canídeo A. "Desde cachorro muito jovem tinha dificuldades de locomoção, desequilíbrios e convulsões, o que fazia com que tivesse muito pouca qualidade de vida. Veio ao nosso hospital para consulta de neurologia, foi recomendado realizar ressonância magnética para diagnóstico definitivo. Na ressonância foi possível detetar grande quantidade de líquido a rodear o cérebro (hidrocefalia)", começa por contar Margarida Cid, diretora clínica do Hospital Veterinário do Restelo. Há uns anos, os donos do Canídeo A não teriam encontrado solução para o mal que atormentava o animal de estimação – mas "com a evolução de novas técnicas cirúrgicas na medicina veterinária foi possível intervencionar o paciente de modo a colocar um implante ‘bypass’ que drenasse esse líquido em quantidade anómala, permitindo ao animal recuperar funções cognitivas e de marcha e devolvendo-lhe uma grande qualidade de vida que nunca tinha tido até então. Foi uma cirurgia inovadora no nosso País e que foi um sucesso", conclui a médica veterinária, orgulhosa dos progressos na área.
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