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AS CURVAS DA PIRELLI

Há muito que os calendários Pirelli deixaram de ser um exclusivo do camionista. De ano para ano o ‘produto’ reinventa-se e é motivo de admiração pela qualidade, inovação e sensualidade. O calendário de 2003 não é excepção. Agora, em vez de 12, tem 24 fotos lindas...

15 de novembro de 2002 às 18:19

Vinte e quatro fotos de cortar a respiração. Assim é o calendário de 2003 da Pirelli, que há muito deixou de ser exclusivo dos camionistas e das oficinas de mecânica. Porque não são só os senhores da estrada a venerar as excelentes imagens que ilustram os 12 meses do ano. O calendário tem, de facto, qualidade mais do que suficiente para cativar a atenção do mais distraído ou do maior leigo em matéria fotográfica. Com brilhantes contrastes de luz e contornos (obviamente) bem demarcados, as fotografias - a preto e branco ou a cores - obrigam a um segundo olhar, mais cuidado e mais demorado, para um prazer verdadeiro.

São assim, desde 1964, os calendários desta marca que concentra o seu negócio (e com vendas a bom ritmo) nos pneus. Outras curvas são, no entanto, valorizadas neste conjunto de imagens que percorre os 12 meses do ano. Em 2003 há motivos para festejar, já que as meninas bonitas aparecem a dobrar (frente e verso de cada mês). Para encher o olho… A qualidade é uma exigência à qual a Pirelli parece não querer fugir e, a prová–lo, o excelente ‘casting’ de manequins, criteriosamente seleccionado para cada produção. Junte–se a isto um elenco de fotógrafos de luxo e aí está uma verdadeira obra de arte.

Em 2003, com Itália como cenário, o talentoso fotógrafo Bruce Weber deu largas à imaginação. Junte–se a ele um leque de nomes sonantes da ‘passerelle’ e o resultado não podia ser melhor. Em 2002, Los Angeles foi palco de uma mega–produção que exaltava as divas do cinema sob o olhar atento de Peter Lindbergh. Hollywood em pano de fundo (com muito fumo para dar ares de ambiente cinéfilo) foi o cenário mítico e místico que envolveu uma série de modelos, orgulhosas por posarem para um dos calendários mais famosos do mundo.

E para os melhores fotógrafos, também. Nomes como Herb Ritts, Richard Avedon, Bruce Weber, Peter Lindbergh, Annie Leibovitz ou Mario Testino – “la crème de la crème” – repetem–se desde 1994, numa clara e inequívoca aposta de não mais baixar a fasquia de exigência que faz do calendário uma montra de talento.

A ideia de uma nova estratégia de marketing surgiu em 1964, nos escritórios da subsidiária londrina da Pirelli. O objectivo era oferecer aos melhores clientes britânicos uma prenda de final de ano. Mas o resultado revelou–se tão surpreendente que o calendário acabou por ser amplamente distribuído e o sucesso nos meios de comunicação social foi imediato. Começava assim a vida de um calendário cobiçado nos quatro cantos do mundo. Depois, a história repete–se ao longo dos 35 anos em que o calendário foi realizado, provocando a cada ano constantes abalos sísmicos no mundo dos media.

A audácia, inovação e imagem de espectacularidade foram acompanhando e traduzindo a evolução dos tempos e quebrando tabus. A nudez e sensualidade em nome de outras curvas passou a ser encarada com à–vontade e a contratação de excelentes profissionais transformou o calendário da Pirelli num objecto de culto. Pela “flashada” certeira de grandes nomes da fotografia passaram outros grandes nomes de áreas variadas. Em 1994, Herb Ritts fotografou Cindy Crawford ou Kate Moss em grande erotismo nas praias paradisíacas das Bahamas, no ano seguinte Richard Avedon captou a magia do corpo desnudado de Naomi Campbell, e Robert Mitchum posou em Miami para a Pirelli sob a lente acutilante de Bruce Weber.

Isto só para citar alguns exemplos das parcerias inesgotáveis que revelam fotógrafos e fotografados sob um novo olhar. E um novo conceito que surgia (também) por causa da Pirelli. Nos anos 60, se em outras áreas – como a música ou o cinema – se ia celebrizando o espírito de liberdade (e libertinagem) característico da década que via nascer os movimentos ‘hippies’, também na moda e na fotografia se começavam a quebrar tabus. Ultrapassadas várias barreiras, surgia uma nova forma de olhar e admirar a expressão corporal e sexual das mulheres.

Londres, em grande parte, passou a ser a “style capital” do mundo e por isso não é de estranhar que tenha sido na subsidiária londrina da Pirelli que tenha surgido a brilhante ideia do calendário. Um epicentro, afinal, de um mundo por onde o calendário corre há já 35 edições (houve anos em que não foi realizado).

2003, sabores quentes

Frente e verso. Assim são os meses da Pirelli para que as fotografias, em dose dupla, possam marcar ainda mais as curvas de um ano que aí vem. O negócio da Pirelli são as curvas – e a (suposta) boa performance dos seus pneus nas mais adversas circunstâncias – e o dos fotógrafos responsáveis pelo calendário, também. Mas outras, as das sombras, do jogo de luzes, dos corpos a fotografar. E que corpos! Destaque (subjectivo) para os meses de Junho, que, a preto e branco, reúne um trio ardente e entrelaçado; Agosto, que se veste de branco; Setembro, que é uma festa e Dezembro, a fechar, em grande estilo, com Mariacarla Boscono ao piano.

O calendário foi apresentado em Londres, no início de Novembro, no Museu de História Natural. E foram muitos os profissionais da fotografia, moda e beleza que aguardavam, com expectativa, o resultado final do trabalho de Bruce Weber, repetente nestas andanças. Se quiser espreitar mais fotografias, e até mesmo votar nas suas preferidas para concorrer ao sorteio de um calendário – clique em www.pirelli.com.

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