É muito pequenino mas grande em significado o objecto eleito pela estilista portuense. Não é único e também por isso ganha simbolismo.
O pequeno coração em ouro que Anabela Baldaque traz às vezes como pendente, outras preso a um alfinete, é irmão gémeo de outros quatro e o que a estilista portuense tem para contar acerca de tão singela jóia acaba de uma penada com uma série de ideias feitas. Desde logo a que proclama não gostarem as mulheres de usar os acessórios que enfeitam as outras. Também a que associa o coração ao amor romântico. E, por último, a ideia de que no dia do aniversário é suposto receber e não oferecer presentes.
Foi há seis anos que Anabela Baldaque deu de presente pequenos corações em ouro, exactamente iguais ao que tinha comprado para ela, às suas melhores amigas por ocasião do seu aniversário. Descobrira-os dias antes numa "ourivesaria muito tradicional" enquanto passeava pela rua das Flores, no Porto. Eram cinco, côncavos e não lisos, como se estivessem dispostos a receber alguma coisa de outrem e a estilista não hesitou – comprou-os. "Não foram caros." Desconhece a quem pertenceram ou de que história pessoal fizeram parte. Passaram a contar uma história de amizade feminina.
Uma das amigas presenteadas é pintora, outra designer gráfica, outra jornalista... "Eu sei que o coraçãozinho pode não significar para elas o que significa para mim mas são muito divertidas as ocasiões em que saímos e, mesmo sem termos combinado, aparecemos as cinco com ele." Daqui se conclui que as mulheres não desgostam necessariamente de verem noutras aquilo que apreciam e que usam em si. Principalmente quando se estimam mutuamente. É o caso, mesmo se não são amigas desde a escola. "Foi já na vida adulta que nos conhecemos."
No dicionário de Anabela Baldaque, amizade não é sentimento menor em comparação com outros. A criadora de moda dá importância às amizades, prepara-se para elas, cultiva-as. Por isso ofereceu às melhores amigas um coração, símbolo do amor romântico. "Os meus amigos são muito importantes para mim, fazem parte da minha vida e eu da vida deles. Amizade também é amor."
ÓRGÃO DAS EMOÇÕES
Onde reside a alma? O debate tem início na Antiguidade, por volta do século V A.C. O médico Hipócrates situa-a na cabeça. O filósofo Platão garante que, se a alma imortal reside na cabeça, a mortal, ligada à inteligência e ao sentimento, mora no coração. Nada de divisões – sustenta o filósofo Aristóteles – pois só há uma alma e fica seguramente no coração. O Cristianismo reforçou a associação entre os sentimentos, nomeadamente de bondade e caridade, e este órgão. Para sempre.
Rua das Flores, no Porto é conhecida como a ‘rua dos ourives’. Foi lá que Anabela Baldaque comprou esta peça e outras quatro exactamente iguais.
PERFIL
Profissão: Estilista
Idade: 45 anos
Carreira: Em 1988 criou a sua marca. É figura de relevo na moda lusa
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