Esta rapariga nasceu para brilhar. Foi bebé centenário, “mascote” da Playboy e protagonista de um filme porno que correu mundo. Agora vai retirar-se para se tratar da Hepatite C. A culpa é do ex-marido, diz ela.
George Bush não encontraria melhor embaixadora para a sua campanha a favor da castidade – “Vou ser virgem pelo menos até fazer 19 anos”, escreveu Pamela Denise Anderson, a banhista mais famosa da série Marés Vivas, no seu diários de adolescente. Ninguém sabe se cumpriu a promessa, mas o facto é que a sua vida adulta não tem nada de puritano.
A mulher com as “maminhas” (o “inhas” é uma força de expressão!) mais cobiçadas do showbiz americano foi cinco vezes capa da revista Playboy - mais do que alguma outra na história da revista – e estrela de um filme porno que correu mundo.
A “fita” mais não era do que uma testemunho da vida sexual do casal para consumo interno, e até hoje ninguém sabe como é que foi parar à maior rede de comunicação do mundo, a Internet. Pelo caminho, a Penthouse fez uma cópia fiel do “documentário”, que até há bem pouco tempo era vendido por 30 dólares (menos de 29 euros).
Certo é que a popularidade da jovem Pam disparou em flecha e que as notícias do seu polémico casamento com o baterista dos Motley Crue redobraram. Mas a união do casal possuiu sempre os ingredientes necessários a uma boa “telenovela”. Pam conheceu Tommy no reveillon de 1994 – numa festa em Nova Iorque – e reza a história que o rapaz mal a viu foi direito a ela e lambuzou-a toda com um beijo.
A partir daí, nunca mais a largou com telefonemas e convites insistentes, que ela recusou ou desmarcou sempre. Mas o músico nunca se deu por vencido. A sorte chegou quando um dia, ao descobrir que a estrela de TV ia gravar um anúncio para a sua linha de protectores solares em Cancun, México, fez as malas e foi atrás dela.
Ao fim de quatro dias de grandes noitadas, os dois disseram o sim numa cerimónia nucpcial na praia – daquelas que tantas “vítimas” têm feito por aí. Pam recebeu o seu eleito de biquini, enquanto ele trajava um simples calção de praia. Mais tarde, quando regressaram a Nova Iorque, mandaram tatuar os respectivos nomes no dedo anelar da mão esquerda, o tal onde se colocam alianças.
O idílio nunca foi perfeito e as discussões do casal tornaram-se famosas, sobretudo porque envolviam cenas de pancadaria. Os dois acabaram por se separar definitivamente em 1998 e Pamela mantém, até hoje, uma batalha judicial pela custódia dos dois filhos – Brendon e Dylan (de quatro e seis).
Mesmo depois do divórcio, ficaram-lhe amargas recordações: há poucos meses revelou sofrer de Hepatite C, doença que a vai obrigar a submeter-se a um duro tratamento, cujas consquências visíveis passam, nomeadamente, pela queda de cabelo.
Numa entrevista recente ao apresentador norte-americano Larry King, Pamela voltou a acusar o marido de a ter contaminado e garantiu que se vai tratar por causa dos filhos.
Super-bebé
Pamela Denise Anderson estava predestinada ao sucesso. A menina veio ao mundo em Ladysmith, British Columbia, Canadá, a 1 de Julho de 1967, dia do centésimo aniversário do país. Por causa dessa “pontaria”, os pais receberam vários prémios e a garota ganhou o cognome de “bebé centenário”. Filha de um técnico de reparações e de uma empregada de mesa, Pam foi sempre uma menina rebelde mas cheia de aspirações, muitas delas alimentadas pelo avô materno, um excêntrico e visionário.
Especialmente bem constituída e dotada para o desporto – era uma exímia jogadora de voleibol – ganhou a alcunha de mulher-elástica.
No seu livro de curso ficaria registado que a sua ambição de vida era tornar-se numa “boazona” das praias da Clifórnia. E acertou!
A sorte voltou a bafejá-la quando se mudou, com a família, para a cidade de Vancouver, ainda no Canadá. Foi aí, durante um jogo de futebol americano, que a fama se abeirou outra vez dela. Vestida com uma t-shirt justa de uma marca de cerveja, a Labatt´s, Pamela caiu na mira de um operador de camera e quando a sua imagem apareceu projectada num ecrã gigante, o estádio rompeu em assobios e palmas.
Semanas depois estava a assinar um contrato com a Blue Labatt´s, tornando-se na imagem de marca da companhia. A campanha foi tão popular que não tardaram a surgir outros convites publicitário, nomeadamente da marca de jens Lee.
Daí até à capa da Playboy foi um salto e Pamela Anderson ainda hoje é recordita de capas naquela publicação. A sua estreia na na nudez aconteceu em Outubro de 1989 e, semanas depois, já estava a ser contactada por diversos produtores de TV, que lhe propuseram participações em pequenas séries. A mais determinante para a sua carreira chamava-se Home Improvement, (Obras em casa) mas foi com Baywatch (Marés Vivas) – que passou em cerca de 140 opaíses, entre os quais o nosso – que abraçou a fama.
Fitas e silicone
À semelhança do que acontece com muitas meninas bonitas, Pamela Anderson deixou-se seduzir pelo cinema mas este nunca lhe proporcionou grandes alegrias. A rapariga acabou por desistir, regressando ao pequeno ecrã como estrela do seu próprio show de televisão – numa série onde desempenhava o papel de um escultural mas pouco inteligente detective. Ainda assim, a "mascote" da Playboy entrou em meia dúzia de películas, que acabaram nas prateleiras dos vídeo-clubes.
Insatisfeita, Pamela experimentou ainda a escrita – lançou uma biografia picante, Pamdemonium, onde se entreteve a descrever o ambiente “cascavel” de Hollywood.
Já depois de ultrapassar a barreira dos 30, decidiu desfazer-se de um pouco da substância que mais contribuiu para o seu sucesso: o silicone. Na altura, afirmou que estava farta de ser apenas um busto e pretendia relançar a sua carreira, deitando mão a outros predicados.
Mas não se pense que Pam ficou a vestir o número 32 de soutien. Quem a tenha visto nos últimos meses, ao lado do novo amor, o músico Kid Rock, percebe que aquele peito ainda tem muito para onde se olhar. Estão pois tranquilos os fãs da menina – que é uma das mais requisitadas figuras públicas da Internet (só no Yahoo tem mais de 25 clubes de fãs).
Mas agora que veio a público falar sobre a sua doença, Pamela vai ter que repensar o seu percurso.
A sex-symbol acusa o ex-marido — o tal que a sovava — de lhe ter estragado a vida, ao infectá-la com Hepatite C, e assegura que tudo aconteceu por causa da tronca de seringas que o casal utilizava para se tatuar.
Verdade ou consquência, certo é que ela vai viver um mau bocado. Preparada para deixar de ser a loura despreocupada e experimentar o papel de corajosa? Oxalá.
PAMELA ANDERSON
Data nascimento:
1 Julho de 1967
Local: Ladysmith, Canadá
Signo: Caranguejo
Altura: 1,67 m
Cor dos Olhos: Verdes
Cor do Cabelo: Louro
Casamentos: Tommy Lee
Namorados: Entre outros, Silvester Stallone (actor), Dean Cain (herói da série Superman), Scott Baio (actor de TV norte-americano), Markus Schenkenberg (modelo internacional) e Kid Rock (cantor)
Séries: V.I.P. (1998); Baywatch: Forbiden Paradise (1995); Came Die With Me (1994); Baywatch (1992/97); Home Improvment (1991/93)
Filmes: Barb Wire (1996); Naked Souls (1995); Raw Justice (1994); Snapdragon (1993); The Taking of Beverly Hills (1992)
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.