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"Eu fui o Bruno Lage": Octávio Machado sobre ter sido afastado das Antas para dar lugar a José Mourinho

Vinte anos depois de ter saído do Futebol Clube do Porto, José Mourinho regressou ao futebol nacional pela porta do clube da Luz. Octávio Machado, que no ano passado fez as pazes com Pinto da Costa, fala pela primeira fez, sem tabus, do ano de 2001, quando foi afastado das Antas, para dar lugar ao treinador de Setúbal, que tinha sido cedido pelo Benfica ao União de Leiria.

28 de setembro de 2025 às 01:30

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Superraça Cândido de Oliveira (2002-2003): o FCP marcou uma bola em Leiria
Superraça Cândido de Oliveira (2002-2003): o FCP marcou uma bola em Leiria José Moreira
Octávio Machado (1º à esquerda) no Estádio José Alvalade. O FCP perdeu por 0-1
Octávio Machado (1º à esquerda) no Estádio José Alvalade. O FCP perdeu por 0-1 José Lorvão
Octávio Machado
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José Mourinho treinava o União de Leiria na época de 2001/2002. Contratado em julho de 2001, saiu em janeiro de 2002, a meio da época, para o FCPorto para substituir, abruptamente, Octávio Machado.  Nessa época, o dragão dos quatro costados - estava há 15 anos no clube - tinha tido nos nove primeiros jogos longe do Estádio das Antas, teve cinco derrotas, um empate e três vitórias. Acabaria por abandonar depois do 2-0 no Estádio do Bessa, em janeiro, frente ao Boavista. Pela primeira vez, Octávio Machado, 76 anos, conta sem filtros como “foi cozinhado em banho Mourinho” na época de 2001-2002. O mito do ‘special one’, que custou agora ao Benfica 34 milhões, começou ali. Nos anos que se seguiram, o FCPorto conquistaria diversos títulos, mas também ver-se-ia envolto na investigação do ‘Apito Dourado’ – sobre alegados casos de corrupção e tráfico de influências. A 20 de abril de 2004 foram detidos para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol. Segue-se a conversa com Octávio Machado “Agora, com o Mourinho no Benfica, e sobretudo a forma como aconteceu, rebobinei tudo. A maneira como fui cozinhado em banho Mourinho. Fiquei triste pelo Bruno Lajes e com a resposta que lhe deram: “Ele que faça o luto, que eu também fiz muita vez”. Isso não se diz. Revoltou-me. Eu passei por aquilo. Na altura já tinha o [Benny] McCarthy chegado ao Porto. Houve um jogo organizado no dia a seguir ao aniversário de Pinto da Costa, e foi-me dito que ele estava selecionado para a seleção de África do Sul e ficaríamos sem ele durante algum tempo. Havia a hipótese do Iván Kaviedes. Disse-lhes que não conhecia o jogador e ia tentar: Ganhámos 4-1. Mas, no regresso, recebo uma mensagem: “Ganhaste o jogo, mas perdeste o lugar”.

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