Na meia-idade começou mentalmente a rejuvenescer, pelo que a morte “será uma espécie de parto ao contrário”. Quase com 90 anos, José Rentes de Carvalho fala sobre a vida, as mulheres, os acasos e os dias de isolamento na Holanda por causa da pandemia
Em fevereiro, a ideia era pôr-se ao volante do carro e "partir para as berças" mal recebesse a renovação da carta de condução, entretanto caducada. Em meados do mês seguinte, a quarentena imposta pela pandemia, que suspendeu todos os planos, adiou sem data também os de José Rentes de Carvalho. Esta entrevista foi feita por email, durante um mês. O escritor, na sua casa na Holanda, celebra na sexta-feira o nonagésimo aniversário.
Quase a completar 90 anos, sem poder regressar a Portugal, o que é que tem visto da janela da sua casa na Holanda?
Em que é que pensa com mais frequência?
Duas semanas atrás vivia com o sentimento de que a tragédia andava longe e ficava por lá, os meus pensamentos seguiam a rotina da minha vida, que é uma com poucas regras e ainda menos obrigações, porque por natureza sou um solitário. Mas de súbito tudo mudou, há duas semanas estou preso em casa e assim ficaria até 6 de abril, mas ontem veio a má notícia de que será até 1 de junho ou para depois, de maneira que o meu pensamento agora é um só: como vai a sociedade, como vai a minha família aguentar este peso? A mim pouco se me dá, já fiz o meu caminho e de qualquer modo estou a chegar à meta. Mas os meus e todos aqueles a quem quero bem, que futuro os espera? E os outros? Quantos aguentarão? Bem gostaria de pensamentos de esperança, mas vejo tudo negro.
Conte uma primeira memória de liberdade e explique-nos em que é que essa memória foi fundadora do José Rentes de Carvalho como ele chegou até aqui.
Para começar deve haver um componente genético, porque tudo o que ouvi dos meus avós e de um bisavô acabava sempre em histórias de independência e rebeldia, com tiros pelo meio e inimizades para o resto da vida. O meu pai era do mesmo caráter, e eu, filho único de mãe ditatorial, além de nascer rebelde logo de pequenino, tive de lutar pela minha liberdade, e quando ma negavam arranjava eu manhas que ma garantiam. A escola primária e o liceu, autoritários à moda do tempo, agudizaram a minha precisão de liberdade e não havia um mês que estava na tropa quando paguei o gosto de ser livre com duas semanas de prisão no Quartel da Graça, para onde sempre olho com saudade. Desde esse tempo, ninguém me voltou a pôr o pé no pescoço, nem tive capitão nem patrão que mandasse em mim, mas aprendam os invejosos que a liberdade se paga caro e de muitas maneiras.
Como é que é possível isso: "pagar-se caro a liberdade, e de muitas maneiras"?
Essa é uma pergunta a fingir. Com um patrão, um diretor, um gerente, um chefe de serviço, a maioria das pessoas vive numa situação de hierarquia, de modo que até certo ponto e por razões diversas, legítimas ou não, é-lhe reduzida a liberdade. No caso de não querer sofrer hierarquias ou cadeias de comando, um sujeito como eu descobre que é bicho à solta, com todas as consequências que isso, na sociedade organizada, acarreta, entre outras, a falta de proteção que a hierarquia oferece, a solitude, o isolamento, o esforço de suportar toda a espécie de irritações e inimizades que a independência gera. Aos noventa anos, ainda pago caro a minha liberdade, mas não choro nem me arrependo, foi a minha escolha, ‘My Way’, como Sinatra cantava.
Como era o rapazinho José na terra e no tempo que o viram nascer?
Um puto difícil, teimoso, solitário, ainda por cima inteligente, de uma sensibilidade doentia, superviciado na leitura. Amigos? Zero. Amores? Uma namorada aos 10 anos, coisa de uma semana. A seguinte, aos 17, trocou-me por um tenente de Cavalaria. Dos dezassete aos vinte anos em Lisboa, ainda hoje não sei se então vivi ou tive uma existência por procuração, porque me desconheço naquilo que recordo, tenho ideia que então devo ter representado um papel como se figurasse nas revistas do Parque Mayer.
O que andava a fazer por Lisboa nessa altura?
Preguiçava muito no Quartel da Graça. Fazia visitas esporádicas à Faculdade de Direito. Vadiava quanto podia, desinteressado se era dia ou noite. Tocava guitarra na Parreirinha de Alfama e num estaminé na Travessa da Queimada, O Estribo, e devo ser dos raros que já subiram o Chiado a cavalo, no meu caso a mando do general para levar correio a uma casa na Rua Ivens. Tremi na carreira de tiro em Sintra e uma tarde, certo de que era assim que se fazia, entrei no ‘Diário de Notícias’, pedi para falar ao chefe de redação, disse-lhe que queria ser jornalista e ele não se riu, foi bondoso comigo, deu-me bons conselhos. Tive pensamentos sombrios no Cais das Colunas, uma namorada que me levava para o Jardim Botânico, que então se chamava Colonial, e um belo dia de repente tudo isso findou, o comboio devolveu-me às berças e a um inesperado destino.
Que idade tinha quando foi recambiado de Lisboa? Como é que isso sucedeu?
Tinha vinte anos. O serviço militar acabara, o estudo não me interessava, para o jornalismo ainda era cedo, emprego não tinha, voltei para casa à espera que acontecesse um milagre.
Não sei se continuou a tocar guitarra, mas o jornalismo ficou. Porque é que quis ser jornalista?
O que veio a seguir não me deixou tempo nem vontade para a guitarra, e quando uns doze anos depois lhe peguei descobri que tinha descido ao nível de principiante e parei. Por vezes pergunto-me se seria de facto o chefe de redação ou alguém por ele, de qualquer modo o sentimento ficou de me tratar com a cortesia e a benevolência que as pessoas bondosas têm para com os ingénuos. O motivo de querer ser jornalista tinha a ver com o fascínio que a leitura de ‘O Primeiro de Janeiro’ exercia sobre mim. Comecei a lê-lo aos cinco anos pela mão do meu avô paterno, era a minha janela para o mundo, eu queria pertencer à gente que escrevia assim e sabia tanto da vida.
Quais eram as "histórias de independência e rebeldia" desse avô?
As histórias de independência e rebeldia do meu avô José Maria são tantas que com elas enchi umas vinte páginas de ‘Ernestina’. Está lá quase tudo, desde o ter-se oposto a um pai tirânico, vencer o seu analfabetismo sozinho com a ajuda do Método de João de Deus, ser socialista num tempo em que, se descoberto, isso equivalia à miséria e à prisão. Leitor impenitente de obras da História, admirador de Napoleão, o ‘Primeiro de Janeiro’ era a sua Bíblia e nele me ensinou a ler.
Quem foi a pessoa que mais marcou o seu crescimento, antes de Lisboa?
São duas, e ambas mulheres, as pessoas que mais me marcaram: a minha professora da primária, que além do que em três anos me ensinou me deu o carinho e a atenção que em casa não tinha; a segunda foi Mistress Cockburn, da firma de Vinho do Porto que ainda existe, senhora rica com carro e chofer, que se tomou de simpatia por mim, com quem sonhei vir a casar, e que falando mau Português falava Inglês comigo, que eu assim aprendi sem dar conta e cheguei ao liceu com anos de avanço nessa disciplina e melhor pronúncia do que o professor.
Mistress Cockburn foi o primeiro amor do José, ainda menino?
Dos seis aos nove anos Mistress Cockburn, mais do que primeiro amor foi a minha paixão, fiz planos sérios de fugir com ela sem ideia de para onde iríamos, mas certo que minha mãe se encarregaria dos dois filhos que ela tinha. O trombudo e inchado Mister Cockburn não entrava no filme. O chofer sim, esse ia-nos levar à estação de São Bento.
Alguma dessas pessoas da sua vida se queixou, ou alguém por elas, de terem servido de inspiração aos seus livros?
Até à data não recebi comentários nem queixas, se bem que de longe a longe um ou outro leitor me faça saber que não é de bom filho escrever de maneira tão crua sobre a própria família. Esses são os que ignoram que amor e solidariedade vão muito bem com a franqueza.
Em que época fez o serviço militar?
Catorze meses entre 1948 e 1949. Para contar esse tempo surrealista precisaria de um livro, fico-me por estes apontamentos: cada semana descíamos às cavalariças renovar a palha dos colchões em que dormíamos, a disciplina e o armamento datavam da I Guerra Mundial; um diplomata sueco que se assustou com a qualidade da comida no quartel e o disse a um jornalista foi expulso. Mas como o desleixo era grande e a disciplina pouca, saltava-se o muro e a cidade tinha muito para oferecer.
Quando voltou à terra, com 20 anos, o que encontrou? Aconteceu-lhe o milagre por que esperava?
Encontrei um túnel de escuridão, sem perspetiva de futuro e nenhuma de me salvar dos vários infernos que me atormentavam, mas uma senhora francesa que há anos me tinha tomado em simpatia, não me estendeu uma mão mas duas, e pouco demorou a ver-me em Paris com a sensação do muçulmano que nada esperava do Profeta e de repente se vê em Meca. Não é fazer publicidade, mas os detalhes não caberiam aqui, tudo isso e muito mais se pode ler em ‘La Coca’.
Pode agradecer à vida que teve os livros que depois escreveu?
Mais que certamente, e isso o fiz antes de ter ideia de que existia a ‘faction literature’, mas graças a Deus mantive o bom senso e a cautela de não pôr tudo preto no branco, tanto para salvaguarda do interesse e da intimidade alheia, como para evitar que um outro tolo pudesse julgar-me herdeiro de Fernão Mendes Pinto. De qualquer modo guardo mais do que revelei e assim vivo em paz e não incomodo o próximo.
Pode agradecer às mulheres que encontrou as oportunidades que a vida lhe deu?
Dizer-lhes obrigado ficaria muito aquém do devido, pois mesmo às poucas que duma outra maneira me puseram obstáculos, passaram rasteiras, e figuradamente espetaram a faca nas costas, continuo grato pelo que com elas aprendi. Também diz alguma coisa o facto de estar casado com a mesma mulher há cinquenta e oito anos, e eu não ser conhecido como alguém fácil de aturar.
Casou-se aos 32 anos e assim continua. Como foi possível a longevidade matrimonial? Como a conheceu e convenceu?
Começando pelo fim: ela era a minha cunhada, tinha casado com um diplomata brasileiro e vivia no Rio de Janeiro, mas ao fim de dois anos divorciaram-se, ela voltou para Amesterdão na altura em que eu já vivia separado e começara o divórcio. Assim se juntaram dois dramas e descobrimos o nosso destino, felizmente com a compreensão das minhas filhas, da ex-mulher e do resto da família. Damo-nos todos bem, somos francos, solidários, exemplares no respeito mútuo e na união. A longevidade matrimonial talvez se explique pela nossa capacidade de amar e ambos compreendermos e respeitarmos as idiossincrasias um do outro.
Como saiu do País?
Saí de Gondarém, no Minho, onde então vivíamos. Uma saída rocambolesca. O meu pai tinha um amigo que era inspetor da PIDE e o tinha avisado que eu andava em más companhias (não andava), e era mais avisado que fugisse. O aspeto rocambolesco continuou, porque como não tinha passaporte meteu-se uma cunha ao dr. Trigo de Negreiros, que era transmontano e ministro do Interior (como então se dizia) e dentro de dias estava em Paris.
Qual foi a sua primeira profissão?
A roda da sorte pôs no meu caminho Joaquim Novais Teixeira (esse brilhante jornalista e intelectual de peso que Salazar odiava) que era em Paris o correspondente de ‘O Estado de São Paulo’ e de ‘O Globo’. Pela sua mão comecei a fazer biscates jornalísticos sobre o que era a minha paixão, o Cinema. Dos biscates passei ao jornalismo a sério, chegara à meta com que tinha sonhado e o resto é História.
Novais Teixeira é uma figura fundamental na sua vida. O vosso encontro foi um acaso? Qual a importância dos acasos na sua vida?
O Novais Teixeira dava de graça a ‘O Primeiro de Janeiro’ as crónicas que escrevia para ‘O Estado de São Paulo’ e eu era seu leitor fanático e maravilhado com a qualidade daquela escrita e o que com ela aprendia. Chegado a Paris nem uma semana esperei para lhe ir bater à porta e ele generosamente me atendeu, ouviu e nomeou seu afilhado, deu-me a mão, guiou-me por caminhos que eu nem suspeitava e até ao seu falecimento, mais de vinte anos depois, foi a figura mais importante da minha vida.
No que respeita os acasos tenho ideia que devia escrever com maiúscula os que me têm acontecido, porque têm sido muitos, alguns espetaculares, outros decisivos na mudança de rumo. Como são inexplicáveis e me infundem respeito há muito fiz minhas as palavras de Shakespeare de que há mais coisas entre o Céu e a Terra do que as com que podemos sonhar.
O que é que lhe trouxe o jornalismo ao bolso e ao pensamento?
Se o jornalismo alguma coisa mudou no meu pensamento e comportamento deve ter sido pouca, porque sinto que continuo quase com os mesmos defeitos e qualidades. Terei aqui e ali arredondado arestas e feito algum esforço para compreender e aceitar o meu semelhante, mas isso mais por cortesia do que convicção.
Em 1968 publicou o primeiro livro, 'Montedor'. Lembra-se da primeira tentativa de ficção?
'Montedor' foi editado pela Prelo, do Partido Comunista. Sei que foi por acaso mas, politicamente, como era então o seu pensamento?
O que é que aconteceu por volta dos seus 15 anos para perceber que o comunismo não era "a salvação do mundo e o fim da desigualdade"?
Presumo que vai do Brasil viver para a Holanda. Como achou o país nessa altura?
Durante bastante tempo foi mais reconhecido na Holanda do que em Portugal. Isso pesava-lhe ou não atribui grande importância à questão do 'reconhecimento'?
Pouco antes de termos começado esta entrevista, António Costa classificou como "repugnante" a declaração do ministro das Finanças holandês. Wopke Hoekstra terá dito que a Comissão Europeia devia investigar países como a Espanha e a Itália, que afirmam não ter margem orçamental para lidar com a crise provocada pela pandemia. Quando ouviu António Costa o que é que pensou?
Face aos posteriores desenvolvimentos, como perspetiva o futuro da União Europeia (UE)?
Fui ao seu blogue (’Tempo Contado’) e encontrei isto a propósito das suas idas ao supermercado: "A expressão dos rostos não mente. Há os que viram a cara, não vá eu espirrar para aquele lado (...) lê-se-lhes na cara a interrogação: como é possível deixar que matusaléns destes andem à solta entre nós?" Acontece-lhe ficar chateado por ser velho?
Quando pensa na situação sanitária presente, o que lhe ocorre?
E mais adiante, ainda no blogue: "Vejo, oiço, compreendo, perdoo e sorrio, já vi mais do que eles e nem a morte me assusta. Fora isso, semanas atrás examinaram-me por todos os lados, deram-me por escorreito da cabeça, tronco e membros, foi a minha carta de condução renovada e é válida até ao fim de 2025." A que é que se deve essa condição física?
Quando vai ser a próxima viagem?
Também escreveu: "Nasci velho e tenho andado a viver às avessas. Quando atingi a meia-idade comecei mentalmente a rejuvenescer." O que é que justifica a meninice em que, presumo, vive?
No início desta entrevista disse que "via tudo negro". Um mês depois mudou alguma coisa na forma como vê o futuro, o seu e daqueles a quem quer bem?
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