A edição de hoje
Artigo exclusivo
Os problemas de saúde mental na adolescência têm vindo a aumentar nas últimas décadas, mas, com a imposição do confinamento por causa da pandemia, dispararam. São cada vez mais novos aqueles que chegam a mutilar-se.
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É professora de Matemática há quase 30 anos, em escolas da Grande Lisboa, atualmente com responsabilidade de direção de turma - e mais não permite que se escreva para não quebrar a confiança dos alunos e também a dos pais. "Tenho notado mais casos de depressão e ansiedade, muitos mais. Tenho miúdos que não conseguem vir à escola, outros que vêm, mas que a meio vão embora porque não conseguem estar. Temos outros que estão a tremer e não sabem porquê e pedem para sair, e eu acabo por deixá-los sair. Eles transferiram muito peso de responsabilidade para si próprios, particularmente aqueles na faixa etária entre os 15 e os 17 anos. Com a aproximação dos exames nacionais, por exemplo, pioraram, pois têm a noção de que o ensino à distância não foram só rosas", diz a docente, sublinhando igualmente o aumento de alunos medicados no contexto escolar, logo a partir dos 10 anos de idade.
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