O mundo da banda desenhada está a crescer em Portugal. A manter-se esta tendêndia, aquela que é conhecida como a 9ª arte promete muitas histórias novas para breve. Enquanto isso, a animação está a entrar num "colapso".
“Bang! Bang!”. O barulho dos disparos de Lucky Luke, o cowboy mais rápido que a própria sombra, entreteve miúdos e graúdos, ávidos pelo desenrolar das aventuras desta figura de cigarro na boca e dedo leve no gatilho, capaz de em poucos segundos prender os temíveis e trapalhões irmãos Dalton. Mas o passar dos anos tem ofuscado alguns clássicos e criado novos heróis, provando que as histórias aos quadradinhos ultrapassam hoje o universo de personagens como Astérix ou Tintin, fulcrais nas décadas de 70 e 80, para abarcarem outros terrenos, estéticas, autores e nacionalidades.
Com passos curtos mas sólidos, a banda desenhada parece estar a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal, sendo actualmente possível encontrar livros para todos os gostos. Da manga japonesa de forte componente sexual às histórias dos mais inacreditáveis e invencíveis lutadores (ou vingadores!) Marvel, de tudo um pouco existe nos escaparates.
Esta subida de interesse ajudou vários autores nacionais a verem as suas obras publicadas, contrariando uma antiga tendência que ditava que esse cenário seria pouco provável à entrada do século XXI.
Autores como Relvas, José Carlos Fernandes, Miguel Rocha e Ana Cortesão, entre outros, dão o mote para que o mundo da banda desenhada se torne num sucesso editorial. E ele mostra-se ainda mais positivo quando observamos estar perante a renovada aposta na BD estrangeira de qualidade, capaz de fugir ao muito explorado eixo franco-belga, que durante anos juntou uma enorme legião de adeptos e tomou o quase monopólio das edições.
O aparecimento de novas editoras tem sido importante para esta lufada de ar fresco no mercado, ainda assim algo recentido de alguns problemas na Meribérica-Liber, que além de uma profunda reestruturação sofreu a triste perda de Telmo Protásio, fundador da empresa e “cara” do projecto.
Contudo, em Outubro, quando se celebrar mais um Festival de BD da Amadora, a Meribérica promete um regresso em força, estando planeadas edições de novas aventuras de personagens como Blake e Mortimer e Corto Maltese. Mas as novidades não ficam por aqui, dado estarem garantidas 19 surpresas em 32 livros, ficando nesse ponto a boa nova de que estão para breve títulos de autores como Milo Manara, Giardino, Bilal-Christin e Miguelanxo Prado.
O crescimento de editoras “à margem”, como a Polvo, promete pluralidade num mercado onde nunca é demais salientar o papel da Asa na divulgação de alguns dos nomes grandes da BD, constituído por um rol de personalidades que prometem fabulosas histórias.
A contrariar esta tendência positiva, o cinema de animação português vive uma das mais graves crises dos últimos anos, a que não é alheio o facto das televisões estarem de costas voltadas para este meio de expressão artística. O que, tendo em conta o enorme sucesso alcançado além fronteiras por
“A Suspeita”, de José Miguel Ribeiro, não deixa de ser um paradoxo.
NO CINEMA
Corto Maltese, o mais famoso heróis criado pelo italiano Hugo Pratt, foi alvo de uma versão cinematográfica. O filme estreou este mês no Festival de Cinema de Locarno, e deverá chegar a Portugal em Setembro.
Corto Maltese, a Corte Secreta dos Arcanos, tem assinatura do realizador francês Pascal Morelli, de 41 anos, que se baseou no livro Corto Maltese na Sibéria, editado em 1974, para construir esta aventura com passagem marcada pela Rússia, Sibéria e Manchúria.
A película demorou cinco anos a ser realizada, contou com o auxílio de 400 colaboradores e contém nada mais nada menos do que cinco mil desenhos. Imperdível para fãs deste herói do nosso tempo.
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