Em criança jogava com uma bola de trapos e saltava pelos quintais dos vizinhos, em Coruche. Para José Peseiro, o mais imprevisível de cinco irmãos, não havia fronteiras. Aos 46 anos, a filosofia mantém-se. Os obstáculos existem para serem superados. A final da UEFA será o maior salto da sua vida.
As tardes de festa brava, na praça de toiros de Coruche, eram um frenesim para os miúdos da terra. Eles subiam e desciam as ruas empedradas, debaixo do rijo sol ribatejano, para ter tempo de assistir às corridas na arena e, mais tarde, à matança dos animais.
José Vítor dos Santos Peseiro, o mais obstinado do bando, orientava os catraios. Tinham de se esconder atrás dos muros altos do matadouro para não serem descobertos, porque os adultos não gostavam de ver crianças por perto. Ao ver os imponentes toiros a serem abatidos, a adrenalina disparava, e nem as poças de sangue espalhadas no chão o impressionavam.
Um dia teve uma ideia doida: enfiou-se dentro de uma vaca, já morta e pendurada, deixando apenas a cabeça de fora. Apareceu em casa, à noitinha, com a camisola coberta de sangue e a tresandar a gado morto. “Acabou-se. Não te quero voltar a ver no meio dos animais”, ralhou-lhe o pai, o senhor João. Mas não havia nada a fazer. O matadouro era ao lado da casa da família, e José era mais teimoso do que um touro bravo.
Na rua, brincava às touradas com o irmão Carlos. Ele era o forcado, o irmão, o animal. Nunca invertiam os papeis. “Sonhava com o dia em que iria enfrentar um touro verdadeiro”, conta um dos melhores amigos, José Manuel Carvalho, 43 anos. Um dia perguntou à mãe, em tom inocente: “É preciso tirar um curso em Coimbra para se ser como o Manuel do talho, o do matadouro?”. Dona Silvéria abanou a cabeça, sem saber o que lhe responder. O mais imprevisível dos seus cinco filhos não lhe dava descanso.
O espírito frenético trouxe-lhe algumas agruras. Numa manhã de nevoeiro, escorregou e fracturou o braço esquerdo. Pouco tempo depois partiu a clavícula e cometeu a proeza de partir a cabeça duas vezes no mesmo dia. “Era muito irrequieto e brincalhão, mas nunca prejudicou os afazeres da escola por causa das traquinices”, contam os pais, que vivem numa bonita vivenda, ladeada de um jardim com todo o género de flores e onde salta à vista um Mercedes esverdeado: “José tinha sempre boas notas. E nem precisava de estudar muito.”
Só se recordam de ele ter faltado uma vez à escola por motivos de saúde: ficou três meses de cama por causa de um sopro no coração. Nada de grave, diagnosticaram os médicos. Os pais tentavam compensar a infância adoentada com muitos mimos. “Ele fartava-se de comer ‘Farinha 33’, que a nossa mãe preparava”, recorda Luís Peseiro, 28 anos, o mais novo do clã. “Ainda hoje é fã da papa. Agora é a mulher dele, a Fatinha, que a faz.” A receita, garantem alguns amigos em voz baixa, está uns furos abaixo da de dona Silvéria. “Mas ele não é esquisito. É um bom garfo”, defende o irmão.
O BOM FILHO DA TERRA
Já passou muita água pelo pardacento rio Sorraia, mas em Coruche não há um habitante que não tenha uma história para contar sobre José Peseiro. Sempre num tom tão orgulhoso como o de Filipe, 45 anos, dirigente do clube da terra, o Coruchense: “A malta foi esperá-lo ao aeroporto da Portela, às sete da manhã, quando o Sporting ganhou ao AZ Alkmaar, nas meias-finais da Taça UEFA. Perguntei-lhe, mais tarde, se nos viu no meio da multidão e ele respondeu que sim.”
Filipe nunca teve dúvidas que o amigo Peseiro iria voar alto. E não acredita que a viagem de sucesso vá terminar às portas de Alvalade. “Tenho a certeza que ele um dia se vai sentar novamente no banco do Real Madrid. Mas desta vez como treinador principal.”
José Manuel Carvalho, o ex-companheiro de tropelias, recorda-se das cavaqueiras e desabafos com Peseiro, durante a infância e adolescência. Os dois partilhavam a paixão pelos touros, pombos e futebol. “Ao contrário de outros miúdos que sonhavam em ser craques da bola, a ambição de José era a de se tornar treinador numa equipa de renome ou na selecção nacional.”
O amigo não se surpreendeu com os feitos recentes. Sempre acreditou que Peseiro era capaz de ir até ao limite para conquistar um objectivo. “Tem uma inesgotável vontade de vencer. Mas não passa por cima de ninguém”, garante.
Quando, há um ano, José Peseiro foi convidado por Carlos Queiroz para ser seu adjunto no Real Madrid, Luís, o irmão caçula que gere o ‘O Farnel’, propriedade da família Peseiro há mais de 30 anos, percebeu o que era o preço da fama. “Havia clientes que vinham cá tomar a sua refeição e aproveitavam para saber coisas sobre o José “, recorda. O restaurante nunca foi tão popular.
Com o tempo, o efeito surpresa desvaneceu-se. “As pessoas da terra passaram a encarar as suas vitórias com naturalidade. E mesmo os benfiquistas já torcem pelo Sporting.” É o caso de quase toda a família Peseiro, que mudou de camisola desde o início desta época.
AO ESTILO DE LIEDSON
Em miúdo, José Peseiro ansiava pela chegada das terças-feiras – dia de folga no ‘Farnel’. Se aos fins-de-semana tinha de repartir o tempo livre entre os trabalhos da escola e a actividade no restaurante, onde levantava as mesas e ajudava os pais a servir os almoços, às terças tinha todo o tempo do mundo para fazer o que mais gostava: jogar futebol.
À porta de casa, deu os primeiros chutos numa velha bola de trapos, revelando talento para um desporto que já corria no sangue da família: em solteiro, o pai, João Peseiro, jogou no Coruchense como médio-direito.
O filho, José, cedo se revelou um exímio avançado, e os que ainda se lembram dele a fintar os adversários gabam-lhe o pontapé certeiro. “Era um ponta-de-lança rápido, ao estilo de Liedson. Não falhava um golo”, conta Filipe, ex-colega do treinador do Sporting nas camadas jovens do Coruchense.
Nos intervalos das aulas, era raro o dia em que não se reuniam para um jogo amigável. Ponto de encontro: o café do Largo da Igreja de Santo António. De vez em quando, lá aparecia José Peseiro, em passo acelerado, com um sorriso triunfante e uma bola seminova debaixo do braço – sinal óbvio de que o tio, funcionário do Belenenses, lhe tinha enviado um presente do clube.
Os miúdos faziam a festa, só estragada quando um pontapé torto desviava a bola da baliza e a atirava em cheio para os quintais das vizinhas. Antes que a GNR interviesse, pondo um ponto final na brincadeira, Peseiro, o mais jovem do grupo, prontificava-se logo para saltar o muro e ir buscá-la. Antes correr o risco de ser apanhado e levar um raspanete do pai do que ficar sem treinar.
Com os amigos, incluindo o seu irmão Carlos, José cresceu na esperança de conseguir jogar num campo relvado, com as bancadas cheias de adeptos – mas enquanto esperava pelo convite, lá ia sofrendo com os resultados do pequeno clube de bairro onde jogava – ‘Ajax’, uma homenagem à equipa onde Johan Cruyff brilhava nos anos 70. A eficácia com que o ‘Ajax’ de Coruche, com sede própria e tudo, dominava os adversários dava sempre mau resultado no campo do arqui-rival, o Bairro da Areia. Inconformada com o resultado esmagador, a equipa derrotada tratava de lhes dar uma lição: “Se marcavam golos, iam sempre corridos à pedrada por ali abaixo”, recorda Filipe. Do susto, Peseiro só recuperava quando o pai lhe punha um bifinho no prato.
ROMANCE COR-DE-ROSA
Dos toques de bola na rua para as camadas jovens do Coruchense foi um pequeno salto. Mesmo não sendo jogador profissional, Peseiro já se levava muito a sério. Raramente o apanhavam às tantas da noite nos bares da pequena vila com um copo na mão. “Deitava-se cedo, para no outro dia render mais no campo”, assegura Luís Peseiro, 18 anos mais novo do que o treinador do Sporting. Assim se explica que, com a camisola azul do Coruchense, tenha chegado a campeão distrital de juniores e seniores.
Também não se lhe conheceram muitas namoradas. Com Fátima, um pouco mais nova do que ele, e ‘habitué’ no restaurante da família, foi amor à primeira vista. O que começou por ser uma amizade – Peseiro, bom aluno, ajudava-a nos trabalhos da escola – transformou-se numa relação séria, com direito a pedido de casamento e tudo. No início do namoro, era frequente ver os dois, acompanhados por um grupo de amigos, em direcção à discoteca ‘Pink Panther’, para darem um pezinho de dança.
Tirando uma ou outra noitada, José revela-se um rapaz aplicado, com noção das responsabilidades. Para alegria da mãe, nunca a bola o desviou dos livros. Já a estudar no Instituto Superior de Educação Física (ISEF), na zona da Cruz Quebrada, para onde viajava todos os dias – primeiro de comboio e depois de eléctrico – continuava a conseguir conciliar o futebol e as actividades no restaurante da família, com à-vontade.
À noite, nunca se deitava sem passar uma vista de olhos pelos manuais escolares. O benjamim da família, Luís, com quem José partilhou o beliche durante anos a fio, ou ainda se lembra de o ouvir segredar que gostava de seguir a carreira de treinador. “Um sonho antigo”, reforça o jovem.
TREINADOR TEMPERAMENTAL
Enquanto jogador, José Peseiro nunca conseguiu passar das divisões secundárias. Ainda treinou à experiência nas camadas jovens do Benfica, mas esteve longe de convencer. Foi encaminhado para o Cartaxo, onde jogou apenas um ano, até regressar, por mais duas temporadas, ao clube da terra, o Coruchense.
No Oriental, uma aventura que se prolongou por três anos, ainda saboreou a subida à IIª divisão. Já nessa altura via o futebol só como uma ocupação – estudar era a sua principal actividade, interrompida apenas com a ida à tropa – mas nunca foi homem de virar a cara a um desafio. Continuou a jogar no Amora, regressou ao Oriental, e ainda passou pelo Samora Correia, o Torreense, a União de Santarém e, finalmente, o Alcanenense.
No ISEF, graças ao seu traquejo dentro das quatro linhas, tornou-se no braço-direito do professor Nelo Vingada. “Já o conhecia como jogador da II divisão. Lembro-me que tinha na velocidade e na determinação os seus atributos mais fortes”, confirma o actual treinador da Académica de Coimbra. Aos 25 anos, o coruchense, que concluiu o curso em 1985, era um dos alunos mais dotados - título que repartia com um jovem setubalense, de seu nome José Mourinho. Por ser mais brincalhão e extrovertido, Peseiro fazia amizades com mais facilidade.
Com Nelo Vingada, a relação manteve-se até hoje. Em 2002, os dois juntaram as respectivas famílias e foram passar férias para Monte Gordo, no Algarve. Todos os dias se encontravam na praia, e às horas das refeições reuniam-se à volta dos petiscos. E nem quando Peseiro partiu para o Real Madrid, a convite Carlos Queiroz, a amizade saiu beliscada. “Como se sabe, eu também estive na calha para o lugar de assistente, mas na altura tinha um compromisso com o Zamalek e não me foi permitida a desvinculação. São as contingências da vida”, confirma.
Sem conseguir reeditar a dupla campeã mundial de juniores em Riade (1989) e Lisboa (1991), Carlos Queiroz, lembra-se de José Peseiro, a quem já tinha dado aulas no ISEF. “Fiquei contente quando soube que ele era o escolhido”, remata Nelo Vingada, colocando um ponto final no assunto.
Em Madrid, os dois portugueses tiveram mais dificuldades do que as de que estavam à espera. Por ‘mail’ ou telefone, o treinador da ‘Briosa’ lá os ia ajudando como podia. Às vezes, ouvir os seus desabafos era suficiente: “Sei que o final da época foi complicado para os dois. Apesar de se terem dado muito bem, a verdade é que todos os treinadores gostam de ganhar”, confirma. Com ou sem a passagem pelo Real Madrid, o amigo de longa data tinha a certeza que Peseiro havia de conseguir concretizar o seu sonho de infância: treinar uma equipa de renome. “Já tinha essas qualidades”.
Nelo Vingada teve a oportunidade de as confirmar, ao vivo, no jogo da 30.ª jornada do campeonato, quando o Sporting recebeu a Académica de Coimbra – e o frente a frente entre o professor e o ex-aluno saldou-se com o imprevisível empate. Amigos antes e depois do embate, durante uma hora e meia foram rivais. Quando se encontraram, Peseiro ainda não tinha digerido os dois pontos perdidos pelo Sporting: “Disse-me logo: ‘Vieram cá lixar o jogo à gente”. O tom era meio sério, meio a brincar.
Nelo Vingada confirma que José não gosta de perder nem a feijões, o que explica a sua atitude, por vezes irascível. No jogo da primeira mão da Taça UEFA contra o Feyenoord, no Estádio José de Alvalade, saiu várias vezes da zona técnica do banco para protestar decisões do juiz e chegou mesmo a gritar ao assistente que se encontrava junto ao banco ‘leonino’. Resultado: a Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA suspendeu-o por um jogo. “Já no Oriental dava para ver que ele era um treinador temperamental – não é um defeito, ele é mesmo assim”.
A estreia de Peseiro, como treinador principal, começou na temporada 1992/93 no modesto União de Santarém, da III divisão nacional, seguindo-se a União de Montemor, o Oriental e o Nacional. Em todos estes clubes, reconhecem-lhe a dedicação, ambição e profissionalismo. “Quando veste a camisola de treinador gosta de conversar com os jogadores, tem um discurso metódico e cultiva a cultura do espectáculo num campo de futebol”, defende Renato Cardoso, responsável pelo Departamento de Futebol do Oriental.
No comando do Nacional, que abandonou antes de se aventurar no Real Madrid, conseguiu o feito de levar a equipa da II divisão B à Superliga, tendo terminado a temporada 2003/04 em 11.º lugar. Rui Sardinha, director desportivo da formação madeirense, não se cansa de o elogiar. “Ele não é ambicioso. É um ganhador”, garante. A vê-lo a treinar a equipa, com ambição mas sem distanciamentos, teve logo a certeza de que aquele técnico, até então quase desconhecido, teria um grande futuro pela frente. “Não me surpreendeu nada vê-lo no Sporting”.
DE BESTA A BESTIAL
“O pior começo de campeonato dos últimos 40 anos lança o Sporting no caos”, lia-se nos jornais desportivos em Outubro do ano passado. O desconhecido Peseiro entrara no novo Alvalade XXI com o pé esquerdo: à quinta jornada conseguia apenas cinco pontos e um modesto 13.º lugar. Pior: havia rumores de indisciplina no balneário, os dirigentes da SAD ‘leonina’ faziam contas à vida e os adeptos pediam a cabeça do treinador. “Trataram muito mal o meu filho”, recorda a sua mãe, dona Silvéria. A
máquina ‘leonina’ começou a engrenar depois do jogo contra o Estoril, mas o ribatejano, de 46 anos, teimava em não entrar nas boas graças da massa associativa. “Nunca receei as críticas vindas do exterior. Só tinha de provar aos meus jogadores que tinham um líder forte”, declarou José Peseiro à Domingo Magazine. “Mas não guardo ressentimento de ninguém.”
O golo providencial de Miguel Garcia, na Holanda, frente ao AZ Alkmaar, na meia-final da taça UEFA teve um condão mágico: o patinho feio dos adeptos ‘leoninos’ transformou-se em príncipe encantado. “Estou muito orgulhosa. Já deu uma lição aos que diziam mal dele”, regozija-se dona Silvéria, tão orgulhosa do filho como nos dias em que ele ia com o pai ao mercado de Vila Franca de Xira e vendia todas as cerejas e morangos que levava de casa. “Os amigos vêem-me na rua e abraçam-me, desejando boa sorte ao José.”
Na semana mais longa da sua carreira – final da UEFA contra o CSKA e última jornada do campeonato contra o Nacional – Peseiro não esconde a pressão a que tem sido sujeito: “Esta época já passámos alguns momentos de ansiedade, mas não se comparam com este.” Se ultrapassar os russos e vencer a SuperLiga atinge o céu: “Será o ponto mais alto da carreira”, confessa sem tabus. Se, pelo contrário, a sua equipa tropeçar, poderá sempre reconfortar-se com um bacalhau à Farnel, servido em doses generosas no restaurante rústico da família.
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