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Artigo exclusivo

Zeferino Coelho: “Eu não sei como se faz um bom livro”

E no entanto decide há mais de 50 anos. Pelos seus olhos passou boa parte da literatura lusófona. Publicou oito prémios Camões e, ainda, o Nobel da literatura.

27 de janeiro de 2022 às 09:31

É o editor a quem o Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural 2022 apanhou de chofre – com "alegria e gratidão" por o júri ter achado que "não destoava". Militante do PCP desde a universidade, depois do 25 de Abril entrou para a Editorial Caminho, que já tinha um jornal, ‘O Diário’, e uma distribuidora, com a incumbência de publicar livros, e não mais parou - nem mesmo quando as vicissitudes do negócio encontraram a almofada da Leya. Tem o toque de Midas, pois descobre a riqueza suprema que é o talento, a ver pelos oito prémios Camões que publicou - o último, Paulina Chiziane, foi em 2021 - e o Nobel da Literatura. Atrás dele, no escritório, alinhadinhos, os livros de José Saramago, de quem se comemora este ano o centenário do nascimento.

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