Trabalhadores morrem inutilmente, sem que ninguém preste atenção a esse facto.
Os nossos filhos não têm de ganhar a vida a trabalhar em fábricas, de forma que é fácil esquecer o quotidiano dos que a isso são obrigados. Dispostas a encher os telejornais com banalidades, as televisões desprezam o que diz respeito a acidentes de trabalho, mas estes são frequentes: desde o início do ano, 10 trabalhadores morreram por mês vítimas destes desastres. Na União Europeia, a média de acidentes fatais por 100 000 habitantes é de 1,83. Nos países civilizados, como a Holanda, o número é 0,5. Portugal surge com 3,54. Pior do que nós, apenas a Bulgária, a Lituânia e a Roménia.
Em 2011, um cabo-verdiano de 18 anos, Anderson Delgado, que trabalhava numa fábrica, Dayna, que utilizava produtos altamente inflamáveis, morreu carbonizado. Declarado o incêndio, quase todos os operários tinham sido capazes de fugir, mas ele ficara encarcerado, pois o portão metálico que separava o armazém clandestino - onde se encontrava - do edifício principal, havia sido mandado encerrar pelo patrão.
Um ano depois, o Ministério Público concluía não haver indícios de que a morte tivesse sido causada por negligência do patrão, Licínio Oliveira, facto contrariado pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), que tinha falado com alguns trabalhadores, os quais lhe haviam contado que, de cada vez que se queixavam das condições de trabalho, aquele lhes dizia: "Se não estão bem, mudem-se." A morte de Anderson foi objeto de um primeiro processo no Tribunal de Almada que, após ter considerado que o patrão não poderia ter imaginado que dentro do anexo estivesse um operário, decidiu absolvê-lo.
Não satisfeita com a sentença, a mãe de Anderson conseguiu que o processo fosse reaberto. Desta feita, o Ministério Público acusou o patrão de homicídio negligente, tendo sido condenado a pagar uma indemnização à família e a uma pena de seis anos de prisão. O comportamento agressivo de Licínio Oliveira durante o julgamento irritara as juízas. Ainda tentei ver em http://www.trl.mj.pt/jurisprudencia/acordaos.php o seguimento disto, mas foi inútil pois o site deve ter sido planeado para que os cidadãos não tenham conhecimento do que acontece nos tribunais.
Um serviço da câmara que funciona bem
Desde tempos imemoriais que as minhas relações com a Câmara de Lisboa foram traumáticas. Imaginem a minha surpresa ao descobrir um serviço que funciona. Após ter partido uma cadeira, telefonei para o devido número. Disseram-me para colocar o objeto à minha porta a partir das 22h00. O que fiz, com sucesso.
Sempre gostei de deambular por livrarias. Agora, que o não posso fazer, descobri o Wook. Estava habituada a mandar vir os livros que desejava através da Amazon, mas como adquirir obras portuguesas sem sair de casa? A minha filha recomendou-me esta livraria online e tudo tem funcionado na perfeição.
Para quem não sabe lidar com máquinas
Sou sócia do ACP desde os 18 anos. Com a sua ajuda legalizei o Mini que trouxe de Inglaterra, como foi ele que me enviou veículos para rebocar os carros que comigo tinham amuado. Tirei a carta de condução sob a sua batuta. O instrutor devia ser um herói, uma vez que lidar com máquinas nunca foi a minha especialidade.
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