3400 queixas na Deco contra BES

Ações em tribunal contra gestores para indemnizar clientes.

03 de agosto de 2015 às 01:07
Deco, BES Foto: Bruno Colaço
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A Deco recebeu 3400 queixas de acionistas e clientes lesados do Banco Espírito Santo (BES), tendo mesmo avançado com duas ações em tribunal para responsabilizar os gestores, supervisores e Estado por "negligência" no modo como lidaram com o caso.

Hoje faz um ano que o BES caiu. Foi a 3 de agosto de 2014 que o Banco de Portugal decidiu uma medida de resolução que separava o BES – por um lado, ‘banco mau’, por outro, ‘banco bom’, com a parte "saudável" a transformar-se em Novo Banco, depois de a instituição liderada por Ricardo Salgado ter apresentado prejuízos históricos de 3,6 mil milhões de euros.

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"É com alguma estranheza que nos apercebemos de que, depois de todos os avisos que tinham sido dados por outros colapsos financeiros no passado recente, somos confrontados com o colapso de um banco com a dimensão que tinha o BES", diz Tito de Morais, da associação de defesa do consumidor, que quer ver os lesados indemnizados. As associações que se formaram entre os que perderam dinheiro e poupanças de uma vida no BES exigem o mesmo. "Vamos continuar em cima até que nos arranjem uma solução credível e moral", afirma Nuno Lopes Pereira, da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial. O movimento dos lesados com papel comercial espera uma solução "credível e moral" até às eleições legislativas, marcadas para 4 de outubro.

As propostas de compra melhoradas pelo Novo Banco são entregues ao Banco de Portugal até ao dia 7 de agosto.

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