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Lesados do BES invadem Novo Banco

Protesto em Lisboa levou à intervenção da PSP.

09 de abril de 2015 às 12:29

Alguns manifestantes que participavam no protesto dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), esta quinta-feira, conseguiram quebrar a barreira policial e entraram na sede do Novo Banco na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Os restantes participantes, cerca de 150 pessoas, continuaram no exterior da sede do edifício do Novo Banco, batendo nos vidros e gritando: "Queremos o nosso dinheiro!"

Apesar de os manifestantes estarem junto do Novo Banco, o alvo das críticas e do protesto tem sido o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Lesados do BES invadem Novo Banco

A Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial do GES preparou um percurso com passagens pelos possíveis candidatos à compra da instituição, com paragens planeadas no Banco Santander Totta, Apollo, Fosun e Anbang Insurance. 

Em cada uma das instituições visitadas pelo grupo foi entregue uma carta explicando que quem comprar o Novo Banco "vai ter que arcar" com os lesados e com "manifestações semanais até o dinheiro ser devolvido", acrescentando ser "crucial" os interessados saberem em que negócio se estão a meter.

Encontro com Cavaco Silva

No decorrer do protesto, o grupo de manifestantes anunciou que deveria ser recebido pelo Presidente da República também esta quinta-feira, no Palácio de Belém.

Fonte presidencial afirmou, no entanto, que tal reunião não está prevista na agenda de Cavaco Silva. Para esta quinta-feira, está apenas agendado o encontro semanal com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, às 17h00.

Decisão compete aos reguladores

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu esta quinta-feira que compete aos reguladores tomar decisões sobre as pessoas que se dizem lesadas pelo BES e afirmou esperar que atuem com diligência para clarificar a sua situação.

Em resposta aos jornalistas, Passos Coelho sublinhou que "é preciso distinguir aquilo que pode ter representado consequência de fraude ou de logro" daquilo que, "sendo legal, comporta riscos que as pessoas aceitaram correr na altura".

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