BES bloqueava acesso de informação a auditora
Problema fez-se sentir particularmente no ano em que as demonstrações financeiras de 2001 foram analisadas.
A PricewaterhouseCoopers (PwC) cessou funções de auditora do BES em 2001 porque o banco bloqueava o acesso a informações e não disponibilizava as contas consolidadas da Espírito Santo International (ESI), a ex-empresa de topo do Grupo Espírito Santo (GES).
"Existiram algumas dificuldades que já se faziam sentir no passado, nomeadamente no que diz respeito à dificuldade crescente em fazer prova de auditoria. Tal levou a que a nossa potencial continuidade como auditores do banco fosse posta em causa, quer pelo desgaste que nos tinha provocado, quer pelas marcas deixadas também no relacionamento com a administração do próprio BES", disse José Pereira Alves, presidente da PwC, na comissão de inquérito ao BES.
O problema, adiantou José Pereira Alves, fez-se sentir particularmente no ano em que as demonstrações financeiras de 2001, do BES, foram analisadas.
O líder da PwC reconheceu também que os diretores do banco não respondiam aos pedidos feitos pela auditora e que as solicitações eram alvo de "frequente encaminhamento dos nossos pedidos de informação para o CEO, Ricardo Salgado".
Numa declaração inicial, o presidente da PwC explicou ainda que "o segundo fator, que levou a esta tomada de posição, foi a não existência de contas consolidadas e auditadas ao nível do ESI, ou seja, ao nível da holding ‘mãe’ do GES".
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