Requerimento dos socialistas foi entregue esta terça-feira.
O Partido Socialista (PS) quer chamar José Luís Arnaut, ex-ministro do governo de Durão Barroso e atual consultor do banco norte-americano Goldman Sachs, à comissão de inquérito parlamentar ao BES.
O requerimento dos socialistas foi entregue esta terça-feira e é assinado pelos deputados Pedro Nuno Santos, João Galamba, Filipe Neto Brandão, Ana Paula Vitorino e José Magalhães.
O pedido do PS surge depois de o Wall Street Journal ter tornado público que José Luís Arnaut foi peça-chave na concessão do empréstimo de 835 milhões de euros do Goldman Sachs ao BES, poucas semanas antes de o banco ter registado prejuízos milionários e de o Banco de Portugal ter avançado com a resolução do BES.
Tal como o CM hoje avança, José Luís Arnaut foi presença assídua na sede do BES, em Lisboa, na derradeira fase do banco, antes do colapso. O ex-ministro de Durão Barroso teve várias reuniões com Ricardo Salgado e com Amílcar Morais Pires na tentativa de encontrar novos investidores que ajudassem a resolver o problema da dívida do Grupo Espírito Santo (GES), que já se alastrava ao BES.
Segundo o Wall Street Journal, "ofereceu a ajuda do Goldman para [o BES] conseguir dinheiro emprestado". Para fazer o financiamento, o Goldman Sachs criou o veículo Oak Finance, através do qual o financiamento chegou ao BES. Seguiu depois para os venezuelanos da PDVSA, que necessitavam de crédito para financiar um projeto. O BES serviu de intermediário no processo de financiamento dos venezuelanos, permitindo que o Goldman Sachs contornasse o embargo dos Estados Unidos àquele país. Por contrapartida, a PDVSA assumiu que entraria no GES, através de um aumento de capital da Rioforte, solucionando parte do buraco financeiro das empresas da família Espírito Santo.
O crédito entrou no BES a 3 de julho. Ricardo Salgado saiu da instituição dez dias depois, sendo substituído por Vítor Bento, pelo que o negócio com os venezuelanos acabou por não se concretizar. Ainda assim, o empréstimo do Goldman Sachs ao BES manteve-se e, em dezembro, acabou por ser transferido para o BES mau, o que levou o banco norte-americano a registar prejuízos de milhões de euros nas suas contas. O tema gerou também um conflito com o Banco de Portugal, que segundo a Goldman Sachs teria dado a garantia de que o financiamento seria transferido para o Novo Banco.
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