Ex-ministro participou em várias reuniões com Salgado e Morais Pires.
José Luís Arnaut, advogado que foi ex-ministro e ex-deputado do PSD, desempenhou um papel decisivo no empréstimo de 835 milhões de dólares (cerca de 720 milhões de euros) que o Goldman Sachs concedeu ao BES, no verão de 2014, semanas antes do colapso financeiro do banco liderado por Ricardo Salgado. Nessa altura, o BES já evidenciava dificuldades financeiras e Arnaut trabalhava, desde 2014, no banco norte-americano como membro do conselho consultivo internacional.
O ex-ministro Adjunto de Durão Barroso deu, segundo revelou ontem o ‘Wall Street Journal’, uma ajuda importante na concessão desse empréstimo ao BES, em conjunto com António Esteves, o português que é sócio do Goldman Sachs.
Entre junho e julho de 2014, Arnaut foi presença assídua na sede do BES, sabe o CM. Segundo várias fontes, o consultor do Goldman Sachs participou em diversas reuniões com Ricardo Salgado e com Amílcar Morais Pires, tendo desenvolvido esforços intensos na procura de novos investidores e na captação de operações que permitissem financiar o GES, processo dificultado pelo anel de defesa imposto pelo Banco de Portugal.
No final de junho de 2014, Arnaut afirmara à Antena 1 que "o BES é um banco profundamente estável" e que Ricardo Salgado, que já estava de saída do BES, deixava "um banco robusto com capital e credibilidade".
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