Custos na indústria disparam 20,7% por causa da crise energética
Secção das indústrias transformadoras registou um aumento mensal de 3,1%.
É o primeiro indicador estatístico que já tem em conta a guerra na Ucrânia. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira, o Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI) apresentou, em fevereiro, uma taxa de variação homóloga de
20,7% (17,8% em janeiro). Estes valores estão fortemente influenciados pela subida dos preços da energia (subiram 60,9% em fevereiro) e das matérias-primas.
A secção das indústrias transformadoras registou um aumento mensal de 3,1%.
Esta evolução vai atingir duramente as indústrias que consomem muita energia, como é o caso da indústria dos moldes, indústria vidreira ou panificadora, que terão de repercutir os custos no preço final de venda ao público dos seus bens. Esta situação está a preocupar os sindicatos do setor perante o risco de novos layoff (numa área que a maior parte dos trabalhadores ganha o salário mínimo) e de encerramentos de empresas, face o aumento dos custos de produção.
Renováveis valem 56% da eletricidade
Em Portugal continental foram gerados 7090 gigawatts-hora (GWh) de eletricidade nos primeiros dois meses do ano, dos quais mais de metade (56,1%) foram de origem renovável.
Metalurgia defende menos carga fiscal
A Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Eletromecânicas considera fundamental o desagravamento da carga fiscal, defendendo uma redução do IVA sobre os custos da energia.
Apoios para quem tem necessidade
O ministro da Economia disse que os apoios do Governo para fazer face ao aumento dos custos da energia têm de ser dirigidos aos setores mais necessitados. "O setor industrial e agrícola tiveram dois anos excelentes, aquilo que nos parece é que temos de dirigir os apoios aos setores que estão mais necessitados", disse Siza Vieira.
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