Galp dá mais de 94 milhões de euros à família Amorim
Gestão da petrolífera vai propor 0,62 euros por ação, mais oito cêntimos face ao ano anterior
A administração da Galp vai propor aos acionistas a distribuição de um dividendo de 0,62 euros por ação. Trata-se de um aumento de 15%, face aos 54 cêntimos de 2024, que poderá dar à família Amorim, uma das maiores acionistas, mais de 94 milhões de euros, tendo em conta a posição que tem na petrolífera.
O valor do dividendo foi avançado na segunda-feira no comunicado de apresentação dos resultados do ano passado, ano em que a Galp viu recuar os lucros para 961 milhões de euros, de acordo com o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Uma queda de 4% em relação ao período homólogo, adiantou a empresa em comunicado.
A contribuir para este resultado esteve o quarto trimestre, com os lucros a cair 75%, para 71 milhões de euros, face ao mesmo período de 2023.
Apesar disso, a empresa considera que estes resultados demonstraram “resiliência num ambiente macroeconómico volátil, suportados pelo desempenho robusto do ‘upstream’ [exploração e produção] e da indústria, enquanto o ‘midstream’ [transporte, armazenamento e outras atividades] manteve a sua forte contribuição”.
Também a produção recuou para 109 mil barris de petróleo por dia, uma descida de 11%, atribuída parcialmente ao Brasil.
Entretanto, o processo de recrutamento de um novo presidente executivo para a Galp deverá demorar pelo menos seis meses, adiantou na segunda-feira João Marques da Silva, que, com Maria João Carioca, lidera a petrolífera.
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