Juros dos depósitos caem abaixo de 1,5%

Remuneração média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu para 1,49% em maio.

05 de julho de 2025 às 01:30
Dinheiro Foto: Pixabay
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A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 17.º mês consecutivo, passando de 1,64%, em abril, para 1,49% em maio, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Este é o valor mais baixo desde maio de 2023. O ganho esperado com a poupança está ainda mais longe de compensar a inflação prevista pelo Governo para este ano (2,3%).

Apesar de os juros estarem a cair, os portugueses continuam a investir em depósitos a prazo, com o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares a aumentar para 123 milhões de euros, totalizando um valor de 13 093 milhões de euros.

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Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,15 pontos percentuais, para 1,50%. “Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 95% dos novos depósitos em maio”, diz o Banco de Portugal.

Em comparação com os países da Zona Euro, Portugal desceu no mês de maio uma posição, sendo agora o quarto país onde os depósitos têm piores remunerações. Apenas a Eslovénia, Grécia e Chipre estão abaixo de Portugal. A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro reduziu-se em 0,11 pontos percentuais, fixando-se em 1,87%.

A Deco Proteste já tinha alertado, em resposta ao CM, que “as taxas de juro deverão continuar a descer e isso afeta tanto os Certificados de Aforro como os depósitos a prazo”, adiantando que, fruto da inflação, “as poupanças dos portugueses aplicadas em depósitos e em Certificados de Aforro irão perder valor real em 2025”.

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Já a renumeração média dos novos depósitos a prazo das empresas passou dos 2,01%, em abril, para 1,84% em maio.

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