Salários desaceleram com ordenado médio nos 1615 euros
Salário médio bruto aumentou 5,3% no terceiro trimestre, com uma variação inferior à observada em junho.
O salário médio bruto dos trabalhadores em Portugal aumentou 5,3% para 1615 euros no terceiro trimestre do ano. Esta variação foi inferior à observada em junho (6,3%), o que significa que houve uma desaceleração da remuneração média em Portugal. “Tanto a componente regular como a componente base daquela remuneração aumentaram 5,4%, situando-se em 1366 euros e 1279 euros, respetivamente”, destaca o Instituto Nacional de Estatística.
No trimestre anterior, a componente regular (que soma ao vencimento-base, nomeadamente, o subsídio de refeição) tinha subido, em termos homólogos, 5,6%, o que significa que houve, entretanto, um abrandamento. A componente base (que diz respeito apenas ao vencimento-base) estabilizou.
Descontando a inflação, o aumento real do salário médio bruto foi de 2,6%, com as componentes regular e base a subirem 2,7%. No trimestre anterior, a subida nominal de 6,3% correspondia a uma melhoria real de 3,9% no ordenado médio bruto.
A agricultura (13%) e a construção (6,6%), assim como as atividades do turismo (6,5%) e segmentos da administração pública (6,5%), excluindo educação e saúde, registam os maiores aumentos nominais.
Já os organismos internacionais, as atividades de eletricidade e gás, bem como bancos e seguradoras, têm as piores evoluções, com a média salarial total a crescer apenas 0,7%, 1,8% e 2,9%, respetivamente. Em termos reais, estas variações traduzem-se em perdas reais ou estagnação para os trabalhadores.
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