No primeiro semestre, a CGD totalizou 294 milhões de euros de lucro, mais 18% do que no mesmo período do ano anterior.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou hoje que a adesão à greve dos trabalhadores rondou os 20%, notando que o impacto verificou-se no levantamento de pensões, mas o sindicato contesta, afirmando que é, praticamente, total.
"Temos 20% das agências encerradas. Naturalmente, que em algumas há transtornos que decorrem, sobretudo, desta greve atingir os mais vulneráveis, que são os reformados", afirmou o administrador da CGD, José João Guilherme, que falava aos jornalista à margem da manifestação dos trabalhadores do banco, que decorre em Lisboa.
De acordo com a Caixa, os níveis desta paralisação estão abaixo aos registados em 2018, numa greve idêntica.
José João Guilherme notou ainda que, apesar do banco "ter vindo a fazer um esforço muito grande" para que os clientes utilizem os cartões de multibanco, verifica-se ainda uma "recorrência muito forte" aos balcões.
Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), Pedro Messias, disse não estar surpreendido com os números anunciados pela instituição bancária, mas contestou-os.
"Já se sabia que a caixa ia dizer isso. A Caixa considera uma agência não fechada estando nela um trabalhador. Não se pode dizer que esteja a funcionar. Não surpreende o que a Caixa diz. Já o disse em 2018, mas não é verdade. A rede comercial está fechada ou inoperacional", garantiu o líder da estrutura que convocou a greve.
Em resposta às reivindicações apresentadas pelos sindicatos representativos dos trabalhadores da Caixa, que disse merecerem "o melhor respeito", o administrador do banco indicou que, em média, a tabela salarial da CGD é, no mínimo, 10% mais alta "do que a dos bancos com quem a Caixa concorre".
Referindo que as negociações sobre a tabela salarial estão previstas para setembro, este responsável sublinhou que a transformação operacionalizada na CGD "tem em vista a sua sustentabilidade" e foi feita "com os trabalhadores, não contra ou com outros".
A CGD referiu ainda que a existência de assédio ou pressão laboral na instituição está ligada a "contextos muito particulares", acrescentando que todos os reportes foram tratados e tiradas as devidas consequências.
Relativamente à distribuição de 2.000 milhões de euros em dividendos, o administrador José João Guilherme explicou ser "objetivo deste Conselho Executivo distribuir aos contribuintes aquilo que aportaram para salvar a Caixa".
Questionado sobre a viabilidade da distribuição dos dividendos, quando os sindicatos alegam que o aumento dos salários não está a ser negociado, o administrador apontou que, nos últimos quatro anos, 4.000 trabalhadores foram objeto de revisão salarial.
Porém, o presidente do STEC referiu que as atualizações salariais correspondem à aplicação do acordo da empresa e não a um aumento da tabela salarial.
Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estão hoje em greve, reivindicando a negociação da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária.
No primeiro semestre, a CGD totalizou 294 milhões de euros de lucro, mais 18% do que no mesmo período do ano anterior.
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