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Salário médio líquido sofre maior queda desde 2014

Salário líquido registou uma descida de 0,5% entre julho e setembro

10 de novembro de 2022 às 09:01
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Salário médio líquido sofre maior queda desde 2014

O salário médio líquido dos trabalhadores interrompe a tendência de valorização que já durava há oito anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o salário líquido registou uma descida de 0,5% entre julho e setembro, sendo a maior descida desde o início de 2014, quando a troika estava no País. Considerando, apenas, este trimestre é o maior recuo desde o verão de 2011. 

O salário médio estava a recuperar desde o início de 2014 de forma gradual. Entre o final de 2021 e o 2.º trimestre deste ano ganhou 28 euros, fixando-se em 1039 euros líquidos mensais, o maior valor segundo dados do INE. 

Já no terceiro trimestre, devido à crise energética e à inflação, o salário médio caiu cinco euros e é preciso recuar ao início de 2014 para encontrar um retrocesso maior em termos trimestrais.

A remuneração bruta total mensal média por trabalhador diminuiu 4,7% no terceiro trimestre, em termos homólogos e reais, tendo como referência a taxa de inflação, que foi de 9,1% no período.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 4% no trimestre terminado em setembro, em relação ao mesmo período de 2021, passando de 1.302 euros para 1.353 euros.

A componente regular e a componente base daquela remuneração aumentaram 3,8% e 3,7%, situando-se em 1.145 euros e 1.076 euros, respetivamente.

No entanto, em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços do Consumidor (inflação), a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%, com as componentes regular e base a diminuírem ambas 4,9%.

Segundo o INE, estes resultados abrangem 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações.

Em relação a setembro de 2021, os maiores aumentos da remuneração total foram observados nas atividades de educação (7,1%), nas empresas de um a quatro trabalhadores (6,6%), no setor privado (4,9%) e nas empresas de serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento (6,4%).

Não foram observadas variações negativas da remuneração total, tendo as menores variações homólogas sido observadas nas atividades de administração pública e defesa; segurança social obrigatória (0,5%), nas empresas com 500 ou mais trabalhadores (1,8%), no setor das administrações públicas (2,0%) e nas empresas de serviços financeiros com forte intensidade de conhecimento (0,8%).

No que se refere à remuneração bruta regular mensal média por trabalhador -- que exclui, entre outras componentes salariais, os subsídios de férias e de Natal, pelo que tem um comportamento menos sazonal -- aumentou 3,8% no terceiro trimestre em relação ao período homólogo de 2021, passando de 1.104 euros para 1.145 euros.

Contudo, ajustando para a inflação, a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador recuou 4,9%.

Já a remuneração bruta base mensal média por trabalhador aumentou 3,7% no período, passando de 1.037 euros para 1.076 euros, mas diminuiu 4,9% considerando a inflação.

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