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Era bom aluno e não está filiado em nenhum partido: quem é Tyler Robinson, o jovem acusado de matar Charlie Kirk

Robinson frequentava o terceiro ano do curso de Engenharia Elétrica. Nas munições da arma do crime estavam inscrições com alusões antifascistas.

12 de setembro de 2025 às 23:16

Tyler Robinson, de 22 anos, foi na noite de quinta-feira pelo assassinato de Charlie Kirk durante um evento Universidade de Utah Valley, nos EUA. O aliado e apoiante do presidente norte-americano, Donald Trump, foi baleado no pescoço a partir do telhado de um edifício do campus universitário.

A notícia da detenção do suspeito foi confirmada pelo governador do estado norte-americano, na qual também participaram as forças do FBI. Segundo a impresa norte-americana, foi o próprio pai de Tyler que o convenceu a entregar-se às autoridades, depois de este ter confessado o crime. 

Natural do Utah e sem antecedentes criminais até então, Robinson foi detido depois de alguém próximo da família ter dado o alerta às autoridades. Tendo-se tornado "mais político" nos últimos anos, como explicou um familiar às autoridades norte-americanas, Robinson já havia mencionado o ódio por , depois de relatar que o ativista iria à Universidade de Utah e que não gostava das opiniões que tinha. Tyler vivia com os pais e os dois irmãos mais novos, em Washington County, perto da fronteira com o Nevada. 

O colega de quarto de Robinson revelou ainda às autoridades mensagens onde Tyler fala sobre a recuperação de uma espingarda num ponto de entrega e que menciona ter deixado num arbusto enrolada numa toalha, como cita a Associated Press. De acordo com o adiantado pelas fontes que prosseguem com a investigação, nas balas detidas por Tyler na arma do crime estariam inscritas gravações como "Hey, fascista, apanha" e "Bella Ciao". A primeira, seguida de uma seta para cima, outra para a direita, e três para baixo, é um símbolo antifascista. Já a segunda faz referência à resistência italiana contra a ocupação nazi durante a Segunda Guerra Mundial. 

Filho de pais republicanos, Robison não estava filiado a nenhum partido norte-americano, estando apenas registado como eleitor, mas "inativo": não votou nas eleições presidenciais de 2024, quando Donald Trump foi eleito. O pai, Matt, é dono de uma construtora, enquanto a mãe, Amber Robinson, é assistente social numa instituição de cuidados a pessoas portadoras de deficiência, no Estado onde vivem.

Tyler concluiu o liceu na Pine View High School em St. George, Utah, tendo ficado entre os melhores estudantes daquele ano, segundo a agência Reuters. O jovem esteve ligado à Universidade Estadual de Utah, entre 2019 e 2021, mas não há ainda explicações para ter deixado de frequentar a instituição. Num vídeo publicado pela mãe de Robison no Facebook, é possível ver-se o jovem a ler em voz alta uma carta onde lhe é oferecida uma bolsa de estudo na Universidade Estadual do Utah, durante quatro anos, indica a BBC.

Atualmente, era aluno de Engenharia Elétrica no Dixie Technical College, frequentando o terceiro ano do curso.

Tyler estaria "imerso" na cultura online, segundo fontes da investigação citadas pela BBC. Tal foi concluido através de uma das incrições encontradas na arma do crime, onde estava presente "OwO", algo utilizado em comunidades online com um tom provocador ou irónico. 

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