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Ministro da Economia antevê que Portugal atinja média europeia do PIB em 20 anos

Governante falava durante a cerimónia de inauguração da nova unidade industrial do Catana Group Portugal, em Aveiro.

08 de outubro de 2025 às 21:55

O ministro da Economia e Coesão Territorial, Castro Almeida, anteviu esta quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Portugal deverá atingir a média europeia em 20 anos.

Durante a inauguração de uma fábrica de barcos de luxo em Aveiro, Castro Almeida referiu que Portugal deverá aproximar-se quase três pontos percentuais da média europeia nos próximos três anos, com base nas projeções do Banco de Portugal divulgadas na terça-feira.

"Se as projeções do Banco de Portugal estiverem certas, em três anos, nós vamos aproximar-nos da média da União Europeia quase três pontos percentuais. Isso significaria passar de 82% da média do rendimento per capita que tínhamos no ano passado, para 85% da média de rendimento per capita", disse o ministro.

De acordo com estes dados, Castro Almeida prevê que serão precisos mais 20 anos para o país chegar à média europeia.

"Eu confesso-vos que já ficaria muito feliz, mas também não gostaria de morrer sem ver o meu país na média dos rendimentos da União Europeia. Já não peço mais, gostava só de chegar a 100% da média europeia. Acho que é um bom objetivo para nós atingirmos como país", assinalou.

O governante falava durante a cerimónia de inauguração da nova unidade industrial do Catana Group Portugal, em Aveiro, que representa um investimento de cerca de 40,7 milhões de euros, com uma comparticipação do Estado de pouco mais de 10%.

Castro Almeida disse que as empresas como a Catana Group escolhem Portugal pela sua estabilidade sociopolítica, pelo ambiente de negócios estável e pelas boas condições macroeconómicas que o país oferece atualmente.

"Quando ligamos as televisões vimos tantas desgraças, tantos acidentes e tantas discussões, que até nos esquecemos que Portugal está a crescer bastante acima da média europeia, a inflação está controlada, desemprego quase não existe e Portugal tem contas públicas equilibradas e é uma enorme vantagem face a outros parceiros", observou.

O ministro referiu ainda que estes resultados "refletem uma política económica responsável, mas também o aumento da competitividade das empresas, porque são as empresas que vão fazer gerar o crescimento económico".

Na mesma ocasião, o presidente do grupo francês, Aurélien Poncin, mostrou-se surpreendido com a rapidez com que este projeto foi realizado.

"Tenho que dizer que estou surpreendido com o quão atrativo Portugal é para uma nova aventura. Dois anos para comprar os terrenos e para construir uma fábrica de 25 mil metros quadrados, é incrível. Na França, um projeto como esse teria levado cinco ou seis anos para sair do chão", disse.

A Catana Group Portugal, que conta atualmente com 138 colaboradores, prevê ultrapassar os 500 trabalhadores no espaço de quatro a cinco anos. Em termos de capacidade de produção o objetivo é alcançar mais de 300 embarcações/ano no prazo de quatro a cinco anos.

A nova unidade que foi esta quarta-feira inaugurada, ocupa uma área de cerca de sete hectares no terminal Sul do Porto de Aveiro e tem ainda um cais de acostagem com cerca de meio hectare.

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