Fundado em 2004, o grupo Air France-KLM resultou de uma fusão entre as companhias francesa e neerlandesa, mantendo centros de decisão em Paris e Amesterdão.
O presidente executivo da Air France-KLM, Ben Smith, admitiu que o grupo poderá considerar uma entrada minoritária no capital da TAP, mas alertou que qualquer investimento só faz sentido se houver garantias de controlo da gestão comercial da companhia portuguesa.
Em resposta a jornalistas, durante uma apresentação em Amesterdão, Ben Smith, que participou remotamente, explicou que o "interesse não é apenas financeiro", mas sim estratégico.
"O mais importante para nós é termos capacidade de tomar decisões comerciais. Se não pudermos gerir comercialmente na TAP, o interesse é muito limitado", disse, acrescentando que "normalmente isso exige 51%, 60% ou 70% do capital".
O CEO reconheceu, no entanto, que existem modelos alternativos que permitem obter sinergias e benefícios financeiros sem controlo total, como no caso da Delta com participações de 49% na Virgin e na Aeroméxico.
"Estamos abertos a estruturas diferentes, mas precisamos de estar confortáveis de que conseguimos as sinergias adequadas e que a TAP pode competir melhor no mercado", sublinhou.
Questionado sobre o eventual desejo do Governo português em manter a maioria do capital, Ben Smith respondeu que existem formas de "aliviar preocupações", como compromissos de proteção da marca e dos empregos, semelhantes aos aplicados no caso da KLM, em 2004.
Durante a apresentação, no âmbito da visita aos centros de operação da KLM nos Países Baixos, Bem Smith lembrou que esta já é a terceira vez que olham para a compra da TAP, devido aos recuos que tem sofrido com as consecutivas quedas de Governo, e prometeu uma decisão "a curto prazo".
"Continuamos muito interessados em TAP", mas "não decidimos internamente se vamos fazer uma oferta formal. Temos que ter certeza de que estamos numa posição certa para avançar", explicou.
Fundado em 2004, o grupo Air France-KLM resultou de uma fusão entre as companhias francesa e neerlandesa, mantendo centros de decisão em Paris e Amesterdão.
Na semana passada, a Parpública, gestora das participações estatais, informou que os interessados na compra de até 44,9% do capital da TAP devem enviar a sua declaração de interesse por e-mail até às 16h59 de 22 de novembro.
O caderno de encargos prevê também que 5% do capital ficará reservado aos trabalhadores, conforme a Lei das Privatizações, e o futuro comprador terá direito de preferência sobre a fatia não subscrita.
Atualmente, o Estado francês detém uma fatia de 28% do capital e o Estado neerlandês 9,1%. Seguem-se os grupos CMA e China Eastern Airlines com 8,8% e 4,6, respetivamente.
Os trabalhadores também estão representados no capital, com 3,1%, e a Delta Air Lines, parceira do grupo para voos para os EUA, 2,8%.
O grupo tem ligações para 320 destinos e 90 países e emprega cerca de 78 mil pessoas a nível global, de acordo com dados de 2024.
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