Pacto com bancos permite venda da SIVA à Porsche por valor simbólico de um euro.
1 / 3
A Banca aceitou perdoar, no mínimo, 116 milhões de euros em dívidas dos negócios no ramo automóvel do milionário João Pereira Coutinho. O montante pode chegar aos 370 milhões. Em causa estão o grupo SAG e a participada SIVA, responsável pela importação e venda de veículos do grupo Volkswagen em Portugal.
O acordo, anunciado ao mercado na terça-feira à noite, integra BCP, Novo Banco, BPI e Caixa Geral de Depósitos. Além do perdão de dívida, os bancos acordaram emitir garantias bancárias para que a distribuidora possa operar. Já deram entrada em tribunal dois processos especiais de revitalização para a SAG e para a SIVA, com o apoio dos bancos credores.
O perdão de dívida da Banca permitiu a Pereira Coutinho vender a SIVA à Porsche (detida pelo grupo Volkswagen) pelo valor simbólico de um euro. A empresa alemã espera assumir o negócio ainda no quarto trimestre deste ano, assegurando a "continuidade" de 650 postos de trabalho diretos e a distribuição de veículos da Volkswagen, Audi e Skoda em Portugal.
Há vários meses que se falava da venda da SIVA e no interesse da Porsche, perante a conjuntura sentida no setor automóvel e as dificuldades de Pereira Coutinho em encontrar financiamento. O empresário chegou a admitir que o futuro da SIVA estaria em causa se o cenário da empresa não se alterasse.
Com a operação, o grupo SAG deixa de operar no ramo automóvel, o seu principal negócio até à data. Nesse sentido, e como condição para se efetivar a venda da SIVA à Porsche, Pereira Coutinho anunciou ainda uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as ações da SAG dispersas por pequenos acionistas, esperando reunir 90% do capital.
A intenção é retirar a empresa da Bolsa e utilizar as receitas dos próximos anos para abater a dívida do grupo. O grupo SAG teve prejuízos de 177 milhões em 2018.
Vendas das marcas da SIVA com queda acentuada em 2018
As marcas representadas pela SIVA – com destaque para Volkswagen, Audi e Skoda – totalizaram 20 349 veículos vendidos em 2018. O número representa uma queda de 32,6% ou de 9822 veículos face ao ano anterior.
Perante a difícil situação vivida pelo grupo, a SAG explicou ao mercado que ajustou os planos de compras com as diferentes marcas do grupo Volkswagen, "reduzindo o volume de encomendas".
Ilha paradisíaca no Brasil à venda por 14,5 milhões
A ilha do Capítulo, em Angra dos Reis, ficou famosa quando João Pereira Coutinho convidou, em 2003, vários amigos para lá passar férias. Na comitiva estava o então primeiro-ministro, Durão Barroso.
Em julho do ano passado, o empresário colocou a ilha à venda por 14,5 milhões de euros, garantindo ser uma decisão pessoal e não motivada pela reestruturação do grupo. A ilha tem uma área equivalente a sete campos de futebol.
PERFIL
João Pereira Coutinho, agora com 62 anos, era em 2008 o quinto homem mais rico de Portugal. Com o passar dos anos, a fortuna foi diminuindo. Nascido numa família abastada, passou a juventude no Brasil. É nesse país, onde diz sentir-se em casa, que tem os principais investimentos.
Em Portugal, foi o negócio da SIVA, conseguido na década de 1980, que o colocou no mapa empresarial. As últimas notícias dão conta de que vendeu o jato, um dos símbolos do seu poder.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.