O Banco de Portugal vai guardar por mais 50 anos toda a documentação que Mário Conde trocou com a entidade de supervisão portuguesa, aquando da compra do Banco Totta.
O Banco de Portugal vai guardar por mais 50 anos toda a documentação que Mário Conde trocou com a entidade de supervisão portuguesa, a quando da compra do Banco Totta.
Responsáveis da autoridade monetária disseram ao “Correio da Manhã” que a passagem de Mário Conde por Portugal “está ainda muito fresca”, negando assim a autorização para que pudéssemos consultar a documentação entregue pelo ex--dono do Banesto.
Apesar de breve, a passagem de Mário Conde pelo sistema financeiro português foi devastadora.
O célebre caso Totta/Banesto levou à destituição do Governador do Banco de Portugal e à formação de uma comissão de inquérito que colocou frente a frente Miguel Beleza e Jorge Braga de Macedo.
No meio da “confusão” entretanto gerada, estiveram o empresário José Roquette e o advogado Menezes Falcão, classificados como “aliados” de Mário Conde na compra do Totta.
A história conta-se em poucas palavras: a legislação que vigorava para o processo de privatizações no final dos anos 80, limitava a 25 por cento, as participações de entidades estrangeiras em instituições financeiras portuguesas.
A privatização do Banco Totta & Açores levanta, em 1987, um grande interesse entre os grandes empresários portugueses. Do outro lado da
fronteira, Mário Conde, no auge da sua fama à frente do Banesto, espreitava uma oportunidade para entrar em Portugal.
Essa oportunidade é dada por José Roquette que estabelece com Conde um acordo para a conquista do Totta. O ex-presidente do Sporting entra com parte do dinheiro, com a garantia do banqueiro espanhol que recomprará as acções no final do período de impedimento, imposto aos estrangeiros pela Lei de Privatização do Totta.
Em Julho de 1990, realiza-se a segunda fase da privatização do Totta. Roquette e Conde têm, em conjunto, 28,5 por cento. Mas em Espanha fala-se já que o Banesto controla 35 por cento do banco português.
O desconforto entre as autoridades portuguesas é visível.
Tavares Moreira, então governador do Banco de Portugal, decide acompanhar o aumento de capital do Totta, uma atitude mal recebida em Espanha.
No dia 31 de Julho de 1990, o Estado vende mais 31 por cento do Totta e perde o controle efectivo do Banco. A Valores Ibéricos, sociedade controlada por José Roquette, fica com 28,5 por cento e o Banesto com 9,99.
A partir desta data, começa a compra de acções do Totta, por parte de sociedades cuja finalidade, veio a descobrir-se posteriormente, era fortalecer a posição do Banesto dentro do banco português.
A “bomba” explode em Junho de 1993. Com o Banesto em crise. Conde afirma numa reunião em Estepona : “controlamos mais de 50 por cento do Totta”.
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