Comissão Europeia rejeitou esta terça-feira o plano orçamental de Itália para 2019.
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O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou esta terça-feira natural a decisão da Comissão Europeia de pedir a Itália que reformule o seu projeto orçamental para 2019 e instou Roma e Bruxelas a manterem um "diálogo construtivo".
Numa declaração divulgada em Bruxelas horas depois de a Comissão ter anunciado que, pela primeira vez, se via obrigada a "devolver" a um Estado-membro da zona euro o seu projeto orçamental, por apresentar uma derrapagem orçamental sem precedentes na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento, Centeno comentou que esta decisão de Bruxelas "reflete a implementação das regras que sustentam o euro".
"Este não é território inexplorado. Temos um processo para lidar com desvios orçamentais, e está a ser seguido. Esperamos que o diálogo entre Bruxelas e Itália prossiga nas próximas semanas", sublinha o presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro.
Apontando que esta questão será abordada na próxima reunião do Eurogrupo, em 05 de novembro, "no contexto de um primeiro levantamento dos projetos orçamentais" dos países da zona euro, Centeno exorta "todas as partes a permanecerem comprometidas num diálogo construtivo".
"A Itália necessita de fazer um esforço suplementar para cumprir as nossas regras comuns", disse, acrescentando que "recentes declarações em Roma" sobre análises de despesas, de respeito das metas orçamentais e mostrando vontade de atuar se as previsões não se materializarem "são um passo na direção correta".
A Comissão Europeia rejeitou esta terça-feira o plano orçamental de Itália para 2019 e deu ao Governo italiano três semanas para apresentar um novo orçamento.
A Itália é o primeiro país a ver o seu projeto orçamental "chumbado" pela Comissão Europeia desde a implementação do "semestre europeu" de coordenação de políticas económicas e orçamentais, instituído em 2010.
"É com muita pena que estou diante de vocês hoje, porque hoje, pela primeira vez, a Comissão vê-se obrigada a pedir a um país da zona euro para rever o seu plano orçamental. Não encontrámos outra alternativa senão pedir às autoridades italianas que o fizessem. Damos agora um prazo máximo de três semanas à Itália para apresentar uma nova proposta", anunciou o comissário europeu responsável pela pasta do Euro.
Valdis Dombrovskis, que falava aos jornalistas em Estrasburgo no final da reunião do Colégio, esclareceu que "infelizmente" as clarificações prestadas pelo Governo italiano não foram "convincentes" para alterar a conclusão inicial de Bruxelas, de que a proposta orçamental italiana continha "uma derrapagem particularmente grave".
Entretanto, os dois dirigentes dos partidos que integram a coligação governamental italiana já indicaram que pretendem manter o plano orçamental de Itália para 2019, apesar da sua rejeição por Bruxelas.
"Isso não muda nada, esses senhores da especulação podem ficar tranquilos, não recuamos", declarou o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, líder da Liga (extrema-direita) e homem forte do Governo de coligação com o Movimento Cinco Estrelas (populista), em declarações aos jornalistas na Roménia.
"Não estão a atacar um Governo, mas um povo. São coisas que deixam os italianos ainda mais irritados e depois queixam-se que a popularidade da União Europeia está a baixar", acrescentou.
O líder do Movimento Cinco Estrelas, também vice-primeiro-ministro, Luigi Di Maio, reagiu na rede social Facebook, escrevendo que "é o primeiro orçamento italiano que não agrada à UE", o que não o surpreende, pois, sustenta, "é o primeiro orçamento italiano redigido em Roma e não em Bruxelas".
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