28% das empresas encerraram e 26% mantiveram-se nesse estado.
Cerca de 46% das empresas 'zombie' da anterior crise recuperaram a viabilidade económica nos primeiros três anos após terem sido identificadas como tal, revela um estudo sobre a recessão 2008-2013 da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
"A probabilidade de recuperação das empresas 'zombie' não é nula" e as que recuperaram a viabilidade económica "necessitaram de três anos e dois meses para o fazerem", pode ler-se no estudo "Crise e crédito: lições da recessão de 2008-2013".
De acordo com o documento, entre 2005 e 2016, em média, cerca de 46% das empresas 'zombie' recuperaram a sua viabilidade económica e financeira, 28% encerraram e 26% mantiveram-se nesse estado.
Segundo os autores, uma empresa 'zombie' é "toda a empresa sobre-endividada que, sendo incapaz de responder aos compromissos financeiros por falta de rendibilidade, mantém a sua atividade suportada na condescendência dos credores".
A incidência de empresas 'zombie' na economia portuguesa é elevada, quer em número de empresas, quer em recursos captados, representando entre 2005 e 2016 cerca de 11% do tecido empresarial e 6% do emprego total, indica o estudo.
As reformas do regime de insolvência de 2012 aceleraram o processo de liquidação das empresas 'zombie' e aumentaram a probabilidade destas recuperarem após a reestruturação, indica o documento.
O estudo conclui ainda que, durante o período recessivo de 2008-2013, o risco de encerramento das novas empresas fortemente endividadas, nos primeiros anos de vida, foi três vezes maior do que o das empresas menos endividadas.
Os autores consideram que a análise sobre a recessão de 2008-2013 poderá vir a ser útil para a formulação de políticas no atual contexto dominado pela crise causada pela pandemia de covid-19.
"Dada a magnitude do choque negativo a que se assiste, uma deterioração drástica nos balanços das empresas desencadeará necessariamente um aumento no risco de encerramento de um número significativo de empresas viáveis", afirmam os autores, defendendo que "políticas contracíclicas destinadas a aliviar os problemas de liquidez das empresas são, pois, da maior relevância".
Os autores alertam para que "importa garantir que as políticas públicas canalizam os recursos para as empresas mais viáveis" com vista ao crescimento da economia.
"Uma estratégia que inclua a reorganização de ativos e da força de trabalho, a mudança tecnológica e a reestruturação da dívida faz aumentar a probabilidade de recuperação das empresas económico-financeiramente viáveis", pode ler-se no documento.
Os autores avisam que "a reestruturação e a insolvência envolvem custos significativos, designadamente o desemprego, o que conduz à necessidade de adequado acompanhamento por parte das entidades públicas".
O estudo foi coordenado por Carlos Carreira, professor da Universidade de Coimbra e investigador, e teve como autores Paulino Teixeira, Ernesto Nieto-Carrillo e João Eira.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
                        O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário. 
                        O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
                    
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
                    Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login. 
                    Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
                
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.