page view

Certificados de Aforro perdem fôlego

Subscrições abrandaram depois de o Governo ter posto fim à Série E. Poupança estabilizou em torno de 34 mil milhões de euros nos últimos meses.

22 de fevereiro de 2024 às 01:30

O montante aplicado em Certificados de Aforro tem vindo a descer desde outubro de 2023, tendo estabilizado nos últimos meses em torno de 34 mil milhões de euros. O corte na remuneração decretada pelo Governo em junho de 2023 travou a escalada destes instrumentos de poupança, incentivada pela subida da taxa Euribor.

A taxa de juro base dos Certificados de Aforro atingiu 3,5% em março de 2023, ou seja, o valor máximo previsto para os Certificados de Aforro da Série E, uma vez que estava indexada à taxa Euribor a três meses.

A remuneração destes títulos resultam da média da Euribor acrescida de 1%, não podendo ser superior a 3,5%, para além de um prémio de permanência de 0,5%, entre o segundo e o quinto ano, que sobe para 1% a partir do sexto ano até ao 10.º ano.

O elevado montante captado levou o Governo a suspender novas subscrições em junho. A Série F, que a veio substituir, reduziu a remuneração para o máximo de 2,5%.

A partir desse momento, o crescimento das subscrições foi abrandando até estabilizar nos últimos meses. Entretanto, os bancos também aumentaram as taxas de juro dos depósitos a prazo, aumentando a sua atratividade. Recorde-se que foram transferidos milhares de milhões de euros dos bancos para os Certificados de Aforro. No conjunto, entre Certificados de Aforro e do Tesouro, os dois instrumentos de poupança do Estado registaram uma queda de 216 milhões de euros em janeiro face ao mês anterior, segundo o ‘Jornal de Negócios’, que cita dados do Banco de Portugal.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8