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China quer poder total na elétrica portuguesa

Nos últimos três anos, chineses ganharam, em média, mais de meio milhão por dia.

12 de maio de 2018 às 01:45

Os chineses querem ter um controlo absoluto sobre a EDP. Num movimento surpreendente, a que não é alheia a guerra comercial que os Estados Unidos de Trump declararam à China, o maior acionista da elétrica portuguesa - a China Three Gorges (CTG) - lançou uma Operação Pública de Aquisição sobre a totalidade do capital da EDP.

O Governo português já reagiu, pela voz do primeiro-ministro, António Costa, que diz "não se opor ao negócio", uma vez que "os chineses têm sido bons investidores em Portugal".

Segundo o prospeto ontem divulgado, os chineses oferecem 3,26 euros por ação, o que significa um prémio de 10,8% em relação ao preço médio ponderado das ações nos últimos seis meses e 4,82% face à última cotação de ontem (3,11 euros), mas mesmo assim abaixo dos 3,45 euros por ação oferecidos em 2011.

Este valor avalia a empresa em 11,9 mil milhões de euros. A oferta está condicionada à aprovação dos vários reguladores (nacionais e internacionais) e que sejam obtidos, pelo menos, 50% mais um dos direitos de voto na sociedade.

O negócio da EDP tem sido amplamente lucrativo para os chineses que, nos últimos três anos, só em dividendos, têm ganho, em média, mais de meio milhão de euros por dia. Com o sucesso desta operação, os chineses colocam os acionistas americanos da elétrica – Capital Group (12%) e BlackRock (5%) – em profunda desvantagem.

Reunião realizadaesta sexta-feira na CMVM com investidores

Representantes dos acionistas chineses estiveram esta sexta-feira à tarde nas instalações da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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