Moreira da Silva diz que venda de combustíveis simples já permitiu uma poupança de três cêntimos.
As opiniões dividem-se sobre o tipo de combustível a escolher havendo quem garanta que os aditivos dão qualidade, valendo a pena pagar mais, mas também quem opte pelos que são mais baratos.
A Lusa foi esta sexta-feira saber a opinião de mecânicos, taxistas e consumidores, no dia em que todos os postos de abastecimento do território continental são obrigados a vender combustíveis simples, ou seja, gasóleo e gasolina sem aditivos, cumprindo a lei nº. 6/2015, aprovada por unanimidade no Parlamento e contestada pelas petrolíferas.
Já esta sexta-feira, o ministro da Energia, Moreira da Silva, afirmou que os primeiros dados sobre a venda de combustíveis simples permitiram uma poupança de três cêntimos e disse esperar que seja possível "ir mais longe nos benefícios para os consumidores".
De acordo com uma ronda pelos postos das quatro petrolíferas em Lisboa - Galp, BP, Repsol e Cepsa -, a variação dos combustíveis simples face ao preço do gasóleo e da gasolina 95, praticado na quinta-feira nesses mesmos postos, era de apenas dois cêntimos por litro.
Condutores notam diferença no rendimento do carro
"Combustíveis simples e com aditivos são muito diferentes, principalmente nos carros mais antigos, notamos muita diferença no andamento, até no próprio consumo", diz José Rua, mecânico há 35 anos, na Ameixoeira, Lisboa.
Segundo José Rua, nota-se que há muito mais desgaste do material quando existe combustível que não é de qualidade". "Sabe-se que a durabilidade dos carros não é tão grande como a que existe nos carros que utilizam combustíveis com aditivos e se têm aditivos é porque estes fazem falta, por isso recomendo aos meus clientes para escolherem combustíveis de qualidade e normalmente eles aderem", continua.
"Quem trabalha todos os dias com isto nota muita diferença no rendimento e consumo do carro e ser mais caro acaba por ficar mais barato porque o consumo reduz bastante e o desgaste das peças é muito menor se for combustível de qualidade", realça José Rua.
Também Manuel Afonso, mecânico há 30 anos em Queluz, defende combustíveis com aditivos por serem "melhores, notando-se a diferença do trabalhar do carro, mais suave e a consumir menos", diz.
"No nosso serviço de reboque, rebocamos muitos carros por causa da utilização de combustíveis sem aditivos, que provocam problemas principalmente na injeção", sublinha o técnico.
Taxistas preferem combustível com aditivos
Luís, taxista em Lisboa, afirma que normalmente escolhe sempre combustíveis com aditivos "por serem melhores para o carro e, apesar de serem mais caros, compensam". "Houve tempo em que as pessoas já consumiram mais os combustíveis sem aditivos, agora já não ligam muito a isso. A diferença de preço não justifica comprar combustíveis sem aditivos e em termos de saúde do carro acho que é melhor", explica.
Igualmente Abílio Fernandes, taxista, afirma que para os três carros que tem só escolhe combustível com aditivos porque têm mais qualidade.
Já José Manuel, taxista, opta habitualmente por combustíveis sem aditivos."Só uma vez comprei do mais caro e testei que era a mesma coisa, não vi diferença entre os sem e com aditivos", justifica, acrescentando que "vê com satisfação que a partir de hoje todos os postos de abastecimentos tenham combustíveis simples".
Para António Pinheiro, consumidor, a escolha recai nos combustíveis com aditivos, "não porque proporcionem uma performance diferente, mas porque têm influência em outras partes do motor, como nos injetores e em todos os outros circuitos".
Renato Alves, consumidor, utiliza tanto uns quanto os outros, pois apesar de "dizerem que os que têm aditivos são melhores para os motores, o que importa neste momento é o preço porque os combustíveis têm sempre valores muito elevados", afirma.
"Parece-me muito bem que todos os postos de abastecimento tenham combustíveis sem aditivos, sendo uma oportunidade para todas as pessoas, mesmo nos postos das marcas conceituadas", realça. António Castro e Rodrigo Maia escolhem o combustível pelo preço e por isso optam pelo mais barato, sem aditivos.
Rodrigo Maia manifesta-se satisfeito com a nova lei: "acho bem que todos os postos de combustíveis tenham combustíveis simples, já devia ter sido há mais tempo". "Se bem que acho que não é por aí que o problema se resolve, passa mais pelo governo tomar medidas para que os preços sejam mais uniformes, porque não se percebe porque é que num sítio é mais 12 cêntimos e acho que não é por terem combustíveis com aditivos ou sem aditivos que faz com que seja esse preço", critica Rodrigo Maia.
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