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Empresas do Estado com prejuízos de 1,3 mil milhões de euros

Conselho de Finanças Públicas destaca setor da saúde e alerta para impacto na qualidade dos serviços.

27 de novembro de 2025 às 01:30

Mais prejuízos e mais seis empresas em falência técnica em 2024. A radiografia às contas do ano passado do setor empresarial do Estado revela que das 93 empresas (88 não financeiras e cinco financeiras) analisadas pelo Conselho de Finanças Públicas apenas 36 apresentaram resultados líquidos positivos, num montante global de 565 milhões de euros. Já os prejuízos das empresas não financeiras, ascenderam a  1312 milhões de euros, representando uma deterioração de 546 milhões de euros face a 2023. 

"A existência de várias empresas em falência técnica compromete a sustentabilidade económico-financeira e aumenta o risco depressões adicionais sobre as finanças públicas", alerta o Conselho de Finanças Públicas (CFP), num relatório divulgado ontem, que analisa as contas de 93 das 146 empresas do Estado, tendo identificado 35 em falência técnica, mais seis do que no ano anterior. Entre estas empresas, encontra-se a TAP SGPS e a Parvalorem. 

Por setores, o destaque vai para a saúde que agravou significativamente os prejuízos em 2024 - que atingiram 1.7 mil milhões de euros - "continuando a apresentar défices estruturais associados a subfinanciamento crónico e a custos com pessoal elevados" com impactos quer na sustentabilidade financeira quer na qualidade de serviços. Entre as empresas analisadas, destaca-se a Unidade Local de Saúde de São José  que, com 150 milhões de euros, registou o maior prejuízo individual. 

A CGD destaca-se, em contrapartida, pela contribuição positiva com lucros de 1,7 mil milhões de euros. 

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