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Futuro governador do Banco de Portugal quer ter reuniões regulares com ministro das Finanças

Segundo o economista, é normal que por vezes as relações pessoais entre governador e ministro possam ter momentos tensão.

17 de setembro de 2025 às 13:30

Álvaro Santos Pereira disse, esta quarta-feira, que como governador do Banco de Portugal (BdP) vai promover reuniões regulares com o ministro das Finanças, considerando que interação regular é fundamental para que haja relações cordiais entre as duas instituições.

"Independentemente de quem esteja no Governo, vou tentar promover reuniões regulares com o ministro das Finanças para acertar alguns temas importantes para a economia nacional e a vida das pessoas", disse Santos Pereira, perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

Segundo o economista, é normal que por vezes as relações pessoais entre governador e ministro possam ter momentos tensão e considerou que a melhor forma de o contornar é institucionalizar as relações, defendendo para isso "reuniões periódicas" com o ministro das Finanças em funções.

"Há possibilidade de aumentar a interação e cooperação entre o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal, e assim farei independentemente de quem estiver no Governo", vincou.

Questionado sobre Mário Centeno (atual governador) ter reconduzido Álvaro Novo como chefe de gabinete em julho, quando já se antecipava que não se manteria no cargo, Santos Pereira disse que Álvaro Novo não se manterá nessa função e que já decidiu que terá como chefe de gabinete Filipa Santos, que foi sua chefe de gabinete quando era ministro da Economia.

O Governo anunciou em 24 de julho que seria o economista Álvaro Santos Pereira, economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que foi ministro da Economia de 2011 a 2013, no Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho, o próximo governador do BdP, não renovando o mandato de Mário Centeno.

Centeno ainda se mantém como governador pois Santos Pereira tem de passar pela inquirição parlamentar antes de ser indigitado, o que ficou para depois das férias parlamentares e está a decorrer, esta quarta-feira, de manhã.

Segundo a Lei Orgânica do BdP, compete ao governador integrar o conselho do Banco Central Europeu, e aí participar nas suas decisões (desde logo de política monetária, como as decisões relativas às taxas de juro), assim como coordenar a atividade do Banco de Portugal de análise económica e supervisão e regulação do setor bancário (incluindo resolução de bancos se for necessário).

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