Mariana Mortágua acusa o Governo de contradição pela escolha do nove governador do BdP.
O BE acusou, esta quinta-feira, o Governo de contradição pela escolha de Álvaro Santos Pereira para governador do Banco de Portugal e considerou que o antigo ministro será um "veículo de transmissão" das ideias do PSD.
Esta posição foi assumida pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, onde foi, esta quarta-feira, recebida, a seu pedido, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Somos capazes de compreender a contradição que existe num Governo PSD, numa direita que durante anos criticou nomeações políticas para o Banco de Portugal, que durante anos criticou nomeações por proximidade ideológica e política para o Banco de Portugal, e que agora faz exatamente isso", declarou.
Mariana Mortágua qualificou a escolha de Álvaro Santos Pereira, esta quarta-feira, aprovada em Conselho de Ministros, de "uma surpresa", referindo que durante anos ouviu "o PSD a criticar decisões anteriores sobre nomear para o Banco de Portugal pessoas politicamente próximas do Governo".
Segundo a coordenadora do BE, "a surpresa é o próprio PSD e a direita dar o dito por não dito".
Mariana Mortágua descreveu Álvaro Santos Pereira como alguém com "ideias políticas muito próximas do Governo, para não dizer iguais às do Governo" e realçou que foi ministro de um anterior Governo PSD/CDS-PP quando o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, era líder parlamentar".
"Será, acho que não temos grandes dúvidas sobre isso, um veículo de transmissão das ideias que tem regido a governação, sobretudo económica, do PSD", considerou.
Quanto à posição do BE sobre esta escolha, Mariana Mortágua afirmou: "Não concordamos com a nomeação de Álvaro Santos Pereira porque não concordamos com a sua direção económica e política".
O economista Álvaro Santos Pereira foi, esta quarta-feira, indigitado pelo Governo PSD/CDS-PP para o cargo de governador do Banco de Portugal, atualmente exercido por Mário Centeno, que não foi reconduzido para um segundo mandato de cinco anos.
A decisão, esta quarta-feira, aprovada em Conselho de Ministros, foi anunciada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, António Leitão Amaro, que ressalvou que se trata por enquanto de uma indigitação, uma vez que ainda não houve a obrigatória audição e parecer do parlamento.
Álvaro Santos Pereira, atualmente economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), foi ministro da Economia e do Emprego do primeiro Governo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2013.
Nos termos da Lei Orgânica do Banco de Portugal, a nomeação do novo governador só poderá ser feita após audição e parecer fundamentado -- que não é vinculativo -- da comissão competente da Assembleia da República, que a partir da próxima semana já não tem reuniões de comissões agendadas, até setembro.
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