A edição de hoje
Ferreira de Oliveira contesta decisões do Governo.
A Galp Energia anunciou ontem lucros de 373 milhões de euros, o que representa um aumento de 20 por cento face ao ano anterior. Na prática, a petrolífera nacional registou, em 2014, ganhos superiores a um milhão de euros por dia. A política de dividendos vai manter-se, disse ontem o presidente da empresa.
A apresentação das contas foi aproveitada por Ferreira de Oliveira para classificar de "irreal e ilusória" a proposta do Governo de alargar a contribuição especial aos contratos de gás. Recorde-se que a Galp já tinha contestado a contribuição extraordinária sobre a energia não tendo pago ao Estado.
Além de se manifestar contra o imposto, Ferreira de Oliveira esclareceu ainda que vai contestar em tribunal a multa de 9,3 milhões de euros aplicada pela Autoridade da Concorrência, por práticas anticoncorrenciais no gás de botija. O líder da petrolífera considerou a multa como "formalista, infundada e exorbitante".
Já no que diz respeito à instalação de bombas com combustíveis ‘low cost’ nos postos da Galp, Ferreira de Oliveira vai cumprir a lei, apesar da resistência da empresa à decisão do Executivo.
Os bons resultados alcançados em 2014 são atribuídos pela administração da Galp ao aumento da produção de petróleo, mais gás vendido e às melhores margens de refinação: a subida foi superior a 50 por cento. Por outro lado, o volume de gás natural vendido aumentou cinco por cento nos mercados internacionais. Em termos nacionais, o consumo energético (gás, eletricidade e combustíveis) não registou alterações significativas.
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