Dois portugueses voavam para Barajas, na capital espanhola, “exclusivamente para comprar charutos no valor de dois mil euros, sem sair do aeroporto, e regressavam a Portugal.”
A revelação foi feita ao Correio da Manhã por Jorge Oliveira, gerente da tabacaria News Center, no Centro Comercial Jumbo da Maia, considerada a catedral do fumo em Portugal, muito frequentada até por espanhóis apreciadores de charutos. Precisamente por este motivo, o charuto brasileiro “Dona Flor Pirâmide” foi dado a conhecer, recentemente, no espaço administrado por Jorge Oliveira. Este explicou ao nosso jornal que “muitos portugueses iam comprar charutos a Espanha, onde os preços eram muito mais baratos.
Mas como a Espanha aumentou dez por cento o imposto sobre os charutos e Portugal reduziu cerca de 25 por cento no preço final, ficámos quase ao mesmo nível. Antes de Abril deste ano, o imposto em Espanha era 50 por cento inferior ao que vigorava em Portugal.”
Aliás, Jorge Oliveira frisou que “a redução do imposto sobre os charutos” é que o levou a “investir na loja da Maia, catalogada por portugueses e espanhóis como o melhor local, em Portugal, para a degustação de charutos e cigarrilhas.” E a procura é tanta, que o responsável da tabacaria News Center vai expandir a sala de degustação para 30 metros quadrados, mais dez metros quadrados que a sala de humidificação.
Recentemente, abriram duas tabacarias, uma em Lisboa e outra em Aveiro, que apostam forte nos charutos. Segundo Mário Duarte, da Casa Havaneza, “o aumento do consumo de charutos é de 30 por cento no nosso país, na razão directa da quebra do preço final, entre 25 e 28 por cento.” Ou seja: em 2001, consumíamos cerca de dez milhões de charutos; no ano passado, mais três milhões.
O êxito da News Center, pela originalidade, e o aumento do consumo de charutos fizeram Jorge Oliveira “não só expandir a loja como também apostar numa criteriosa oferta de vinhos”; principalmente, Vinhos do Porto, que combinam muito bem com o charuto. “Tanto assim é que o consumo do Vinho do Porto aumentou nos Estados Unidos da América” – declarou-nos um enólogo. Isto é: o néctar do Douro entra cada vez mais nos gostos norte-americanos graças a um poderoso aliado: o charuto.
O brasileiro “Dona Flor Pirâmide”, um dos charutos fabricados pela Menendez Amerino, apresentou-se na Maia após uma cerimónia idêntica no El Corte Inglés, em Lisboa. Neste espaço comercial, estiveram várias personalidades ligadas aos charutos, entre as quais Pedro Cunha Martins e António Lobato Faria, dirigentes do Clube dos Puros, e Francisco Barreto, administrador da fábrica de charutos brasileira Menendez Amerino.
Francisco Barreto, como noticiámos há alguns meses, quer conquistar Portugal e outros países europeus com os charutos “Dona Flor” e “Alonso Menendez”. E o empresário brasileiro está confiante, porque “o fumo baiano é um dos melhores do Mundo”. Os referidos charutos, com carácter baiano e sangue cubano, são representados em Portugal pela empresa HLM Cigar, sediada em Lisboa, administrada por Sara Teixeira.
PARA TODAS AS BOLSAS
O charuto é um produto associado ao consumidor com um elevado poder de compra. Mas António Lobato Faria, dirigente do Clube dos Puros, lembrou ao nosso jornal que “é necessário tirar do charuto aquela carga de snobismo, porque toda a gente tem direito ao prazer, e existem charutos para todas as bolsas.” Um charuto pode custar de 3,25 euros (“Romeo & Julieta” e “Partagas”, por exemplo) a 30 euros (“Montecristo A”).
Mas também há “Montecristo”, o número quatro, a 6,5 euros. O preço varia em função da bitola e da característica do charuto. O “Partagas” que se vê na foto custava 10,4 euros; desde Abril de 2002, oito euros.
Em todos os preços entram 19 por cento de IVA, 12 por cento do imposto especial sobre o consumo, que, antes de Abril do ano passado, era de 26 por cento, e nove por cento de imposto aduaneiro. Assim, dos 30 euros que custa o “Montecristo A”, 12 euros (40 por cento) são arrecadados pelo Estado.
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