Lusa
JornalistaO ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, foi ouvido esta quarta-feira na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sendo a situação na Groundforce um dos temas em cima da mesa na audição.
O acordo permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa, possibilitando o pagamento de salários e impostos em atraso, enquanto se procura uma solução para as restantes verbas de que a companhia necessita para fazer face aos prejuízos causados pela pandemia.
Em cima da mesa continua a estar um aumento de capital de 6,97 milhões de euros, que Alfredo Casimiro disse ter "capacidade financeira" para aceitar, mas antes tem de perceber qual será o futuro da TAP na empresa de 'handling', uma vez que o contrato de prestação de serviços entre as duas empresas termina em 2022.
O ministro foi também chamado ao parlamento para esclarecer os deputados sobre "a componente da habitação no Plano de Recuperação e Resiliência" e sobre "o processo de alienação e do contrato de promessa de compra e venda dos terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista pela Infraestruturas de Portugal ao EL Corte Inglés, no Porto", em ambos os casos por requerimento do BE.
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, esclareceu em Parlamento que os portugueses têm direito de perceber o que se passa. O Governo "tem que defender os portugueses e os trabalhadores desta empresa", disse Pedro Nuno Santos sobre a Groundforce.
Vamos ter ou não um empréstimo para as despesas da empresa?, questiona o CDS
O CDS apresentou um requerimento para esclarecimentos do ministro das Infraestruturas porque cabe ao Governo dar as explicações ao Parlamento, começa por indicar o partido.
Estamos a discutir o problema da Groundforce porque estamos em pandemia e o setor está praticamente parado.
Vamos ter ou não um empréstimo para as despesas da empresa ?, pergunta o partido.
O Plano de Reestruturação da TAP, o que está previsto nesse plano para a Groundforce e há intenção ou não do Governo de vender as participações das empresas participadas da TAP, nomeadamente da Groundforce.
Pedro Nuno Santos diz que, ao contrário do que o deputado do CDS referiu, de que não tem que tecer comentários sobre o empresário da Groundforce. "Todos têm que ter noção das ações do empresário da Groundforce", diz Pedro Nuno Santos.
Alfredo Casimiro, o acionista privado da Groundforce, "enganou o Governo, os portugueses e os trabalhadores da sua empresa", disse o ministro das Infraestruturas.
Bloco de Esquerda diz que a audição a Alfredo Casimiro, o acionista privado da Groundforce, levantou preocupações
O Bloco de Esquerda (BE) diz que a audição a Alfredo Casimiro, o acionista privado da Groundforce, levantou preocupações.
Houve um pagamento por parte da TAP à Groundforce para a compra do material. EO pagamento serviu para pagar os salários de fevereiro e de março aos trabalhadores. Mas o que vai acontecer nos próximos meses?, questiona o BE.
Pedro Nuno Santos responde dizendo que a situação em que estão os trabalhadores da Groundforce é de angústia e de ansiedade e por isso, "tivemos sempre preocupação para encontrar uma resposta estrutural e que resolvesse a situação dos salários", diz o ministro.
"A única forma de não ter confrontos com empresários é fazer aquilo que eles querem", acrescenta Pedro Nuno Santos.
O ministro refere que a TAP pode ter 49,9% da empresa mas não controla a Groundforce e "se controlasse pode ter a certeza que as coisas seriam diferentes", garante.
"Um dos principais problemas para a resolução da situação é o acionaista privado da empresa", termina Pedro Nuno Santos.
"Isto é uma vergonha", diz Pedro Nuno Santos sobre gestão de Alfredo Casimiro
O PSD acusou o ministro das Infraestruturas e da Habitação de criar um braço de ferro e de manter uma postura de confronto na situação da Groundforce. "Ainda não há resposta para o processo da Grounforce, porquê?", questiona o PSD. "Se o Estado entendia que a empresa não reunia condições para receber a ajuda, tinha que ser notificada", refere o partido. Ambas as partes estiveram mal, o Governo e o acionista da Grounforce. O que deve estar em cima da mesa é a resolução do probema, segundo as afirmações do partido. "A noção de interesse público do PSD é caricáta", acusa Pedro Nuno Santos. "Para o partido o Governo deve fazer as vontades às empresas, passar o cheque e dar aquilo que eles querem", acrescenta. Alfredo Casimiro recebeu, entre 2012 e 2018, 7,6 milhões de euros e pagou 3,7 milhões de euros pela empresa. "Isto é uma vergonha", diz o ministro. "O Governo deve meter ajuda nas empresas que pedem essa ajuda sem ver as contas?", questiona Pedro Nuno Santos ao PSD. O PSD acusa o ministro das Infraestruturas de acusar o partido e de manter uma posição de confronto.
Alguns empresários olham para o Estado como "um Estado multibanco", refere ministro das Infraestruturas
O deputado Hugo Costa, do PS, questionou Pedro Nuno Santos como foi a transparência do processo da Groundforce e realça que o processo teve transparência demais.
"O Estado não recebeu um único euro do acionista privado e o acionista já tinha recebido mais de cinco milhões de euros", refere o partido. Recomnhecemos qiue a empresa esteja a passar por um momento dificil devido à pandeia
Porquê que o aumento de capital falhou?, questiona o partido e acrescenta que é necessário pensar no futuro da empresa.
O ministro das Infraestruturas começou por afirmar que Portugal está habituado a um Estado que não se defende, "a ideia que temos de um ministro é de alguém muito bem comportado que deixa os privados fazer o que querem", acrescenta.
Estamos a falar de um empresário que ganhou dinheiro do Governo e quando a empresa precisou achou que merecia mais apoio do Governo. Mas o Governo recusou, explicou Pedro Nuno Santos. "Esta é a forma que alguns empresários pensam que se podem relacionar com o Estado, um Estado multibanco", refere o ministro.
"O aumento de capital não aconteceu porque o acionista privado não tinha dinheiro e não queria que a TAP injetasse o dinheiro sozinha", refere o ministro.
Governo está a fazer de tudo para resolução dos problemas da empresa. garante ministro das Infraestruturas
O PCP referiu que o Governo descartou o processo da nacionalização da empresa mas questinou o porquê de o Estado não seguir por esse caminho.
"A Groundforce não era um problema até que passou a ser, motivada ou não pela pandemia passou a ser", respondeu Pedro Nuno Santos.
O Governo considerou que a empresa não deveria ser nacionalizada porque seria sempre uma nacionalização temporária.
Pedro Nuno Santos garante que o Governo está a fazer de tudo para resolução dos problemas da empresa.
O Governo português não quer que a Groundforce caia, garante o ministro das Infraestruturas.
Pedro Nuno Santos garante que o Governo está atento aos trabalhadores da Groundforce e de todo o País
O PAN pediu a Pedro Nuno Santos esclarecimentos sobre a manutenção dos postos de trabalho da Groundforce e questionou como é que o Governo deixou a empresa chegar à situação que se encontra neste momento.
O partido pede uma intervenção maior do Estado face à gestão dos acionistas privados.
Não podem ser aqueles que contribuíram para que a empresa fosse rentável que sejam os maiores lesados da situação da Groundforce", refere o partido.
"Qual a solução prevista pata a viabilidade da empresa a longo prazo?", questiona o PAN.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação refere que a empresa esteve bem durante muitos anos, mas hoje está com um problema. "Isso não significa que o Estado não deva ajudar a empresa mas não a qualquer custo" diz.
"Não podemos ignorar a situação dos mais de dois mil trabalhadores e por isso é que a TAP fez transferência para a empresa poder pagar os salários", refere Pedro Nuno Santos. E acrescenta que o Governo está atento às consequências da crise que a pandemia da Covid-19 está a provocar e não esquece os vários trabalhadores de todo o país.
"Se não tivéssemos a TAP a recuperação económica do país seria bem mais longa do que vai ser", garante Pedro Nuno Santos.
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