Regulador optou por outro candidato.
O processo de venda do Novo Banco sofreu ontem uma reviravolta, com o Banco de Portugal a retirar de cena os chineses da Anbang e a avançar com negociações exclusivas com o segundo candidato mais bem posicionado. E, ao contrário das expectativas, os selecionados não foram os norte-americanos da Apollo, mas os outros chineses, da Fosun.
Segundo fontes próximas do processo, o preço apresentado pela Anbang e a falta de vontade da seguradora chinesa em assumir riscos futuros relativos a eventuais reforços de capital decorrentes dos testes de stress, que estão a ser feitos pelo Banco Central Europeu ao Novo Banco, foram determinantes na decisão do regulador de não fechar a venda. Na prática, o resultado da avaliação do BCE, entre outubro e novembro, deverá ditar um aumento de capital, pelo que a recente crise nas bolsas chinesas terá levado a uma retração na posição negocial da Anbang, menos disponível para assumir riscos. Outras fontes do setor financeiro admitem também a existência de reticências do BCE e da Comissão Europeia em relação à Anbang, que poderiam pôr em causa a aprovação do negócio por parte de Bruxelas e de Frankfurt.
Em comunicado, o Banco de Portugal revelou apenas ter decidido avançar com negociações exclusivas com "o potencial comprador que apresentou, na fase anterior, a proposta qualificada em segundo lugar", sem se referir às empresas.
O primeiro nome apontado foi o do fundo norte-americano Apollo, mas afinal o Banco de Portugal escolheu o conglomerado empresarial chinês da Fosun para avançar com o processo. Ao que o CM apurou, os convites foram ontem enviados pelo supervisor e a negociação deverá arrancar de imediato, prolongando-se por duas semanas.
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