A edição de hoje
Um casal de neonazis norte-americanos perdeu a custódia dos seus quatro filhos na quinta-feira, depois de o Tribunal Superior de New Jersey ter decidido que Heath e Deborah Campbell, que entretanto se divorciaram, não tinham condições para criar as crianças, baptizadas com nomes que homenageiam o regime responsável pelo Holocausto.
A realidade do casal Campbell foi detectada pelas autoridades norte-americanas em 2009, quando uma pastelaria se recusou a fazer um bolo de aniversário decorado com o nome do seu filho mais velho, que se chama Adolf Hitler e já completou seis anos.
A denúncia levou a que fosse retirado aos pais e colocado sob custódia do estado de New Jersey, tal como as irmãs mais novas JoyceLynn Aryan Nation (a Nação Ariana é a principal organização neonazi dos EUA) e Honszlynn Hinler Jeanne, que deve o nome ao dirigente nazi Himmler.
O mesmo sucedeu ao filho mais novo do casal, Hons, que foi levado horas depois do seu nascimento, em Novembro de 2011.
Em causa estará, mais do que o discutível gosto de nomes próprios do casal, um historial de violência doméstica, pois várias testemunhas mencionaram constantes ameaças de morte. E documentos de tribunal mencionam que, apesar da sua idade, Adolf Hitler Campbell já fazia as mesmas ameaças.
Reagindo à sentença, Heath Campbell negou as acusações de violência doméstica e salientou que a decisão tem a ver com as crenças ideológicas. "Se tiver que deixar de ser nazi, estou preparado para isso. Os meus filhos são mais importantes do que tudo", garantiu.
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