Candidato da CDU a Évora denuncia bloqueio da oposição e pede "maioria reforçada"
Aludindo à recente requalificação do Rossio de São Brás, João Oliveira disse que a empreitada podia ter incluído a criação de um centro de acolhimento ao visitante, previsto no projeto inicial.
O cabeça de lista da CDU à Câmara de Évora, João Oliveira, acusou esta terça-feira a oposição de ter bloqueado a gestão municipal no atual mandato e apelou a "uma maioria reforçada" que permita condições para trabalhar.
"Com dois vereadores da CDU e cinco vereadores da oposição, a matemática não engana e dois não podem mais que cinco", afirmou à agência Lusa João Oliveira, no final de uma visita ao quartel dos Bombeiros de Évora, integrada na campanha eleitoral para as eleições autárquicas de domingo.
Segundo o candidato, no atual mandato autárquico, a oposição "pôs-se numa posição de boicote" em relação a propostas da gestão CDU (PCP/PEV) para contratar trabalhadores, investir na aquisição de máquinas e equipamentos e reorganizar os serviços.
"São exatamente as mesmas forças que, agora, se queixam que não há limpeza e que há buracos nas estradas, mas não quiseram contratar trabalhadores, nem comprar máquinas para reparar as estradas", argumentou.
Aludindo à recente requalificação do Rossio de São Brás, João Oliveira disse que a empreitada podia ter incluído a criação de um centro de acolhimento ao visitante, que estava previsto no projeto inicial.
"Essa parte do projeto de requalificação do Rossio de São Brás ficou pelo caminho, porque a oposição inventou desculpas e chumbou essa parte e obrigou a câmara a retirá-la do projeto para poder o resto ser aprovado", referiu.
O candidato da coligação liderada pelos comunistas realçou que "o PS e o PSD acham que fazendo isso prejudicavam a CDU", mas, no seu entender, "foi Évora que ficou prejudicada com essa atitude de boicote e de sabotagem".
"E é por isso que temos dito às pessoas que é preciso uma maioria reforçada da CDU para que possamos entrar no novo ciclo de desenvolvimento", vincou, esclarecendo que são necessárias "condições que garantam capacidade de decisão e de trabalho".
João Oliveira frisou que não é a questão de a CDU ter uma maioria absoluta para tomar as decisões que quiser, mas "um concelho do tamanho de Évora não pode ter uma câmara só com dois vereadores a trabalhar".
"E o que é facto é que nem PS nem PSD aceitaram integrar a gestão municipal, apesar da discussão que fizemos com eles no início do mandato anterior", sublinhou.
O cabeça de lista da CDU lamentou ainda a postura dos adversários na corrida à Câmara de Évora nestas autárquicas, por entender que andam "a dizer mal da CDU, da cidade, da câmara e dos trabalhadores" e até com alegados ataques pessoais.
Sobre a visita à corporação de bombeiros, João Oliveira destacou os apoios que têm sido atribuídos pela câmara municipal e admitiu que "precisam de continuidade".
Concorrem também à Câmara de Évora Carlos Zorrinho (PS), Henrique Sim-Sim (PSD/CDS-PP/PPM), Florbela Fernandes (Movimento Cuidar de Évora), Pedro Ferreira (BE), Ruben Miguéis (Chega) e Fábio Cabaço (Iniciativa Liberal).
O executivo municipal, liderado por Carlos Pinto de Sá (CDU), é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do MCE, mas a mesa da assembleia municipal está 'nas mãos' dos socialistas.
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