Manuel Pizarro acusa Pedro Duarte de usar ChatGPT para "ideias irrealistas" sobre o Porto
Ex-ministro da Saúde referiu que o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL demonstrou, nos debates em que participou, "total vacuidade" de ideias.
O cabeça de lista do PS à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro, acusou esta segunda-feira o adversário do PSD, Pedro Duarte, de recorrer ao ChatGPT para encontrar soluções irrealistas para a cidade.
"Eu não ando, como o meu adversário [Pedro Duarte], pelo ChatGPT à procura de exemplos mais ou menos esdrúxulos do que é que aconteceu em Seul [Coreia do Sul] ou em Singapura, eu trato de coisas que são realistas e que são suscetíveis de serem adaptadas à cidade do Porto", disse o socialista aos jornalistas durante um passeio pelo centro histórico.
Enquanto distribuía panfletos, canetas e apelava ao voto no domingo, o ex-ministro da Saúde referiu que o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL demonstrou, nos debates em que participou, "total vacuidade" de ideias.
E acrescentou: "Quando se pergunta, mas então o que é que vai acontecer aos jovens e às classes médias que querem continuar a morar no Porto e, no caso, os jovens que querem regressar à sua cidade? A resposta do meu adversário é que o Porto tem gente a mais".
Manuel Pizarro considerou que esta campanha para as eleições autárquicas tem sido muito esclarecedora e demonstrativa dos projetos que cada um tem para o Porto.
E, no que a si diz respeito, o socialista contou que tem apresentado ideias novas, mas que já foram testadas e resultaram noutras cidades.
"Naturalmente que, depois, essas ideias têm de ser adaptadas à nossa realidade local", assinalou.
O candidato do PS, que vai pela terceira vez a eleições, revelou que durante a campanha eleitoral já foi a Barcelona, em Espanha, para se encontrar com o presidente da câmara local para falar das soluções que encontraram e que funcionaram para a segurança e para a habitação.
E que, este fim de semana, recebeu no Porto a presidente da Câmara de Paris, em França, para trocar opiniões sobre as soluções que encontraram para a habitação, ambiente e mobilidade.
"Acho que são uma demonstração da forma séria que nós estamos a trabalhar num projeto para a cidade, que é um projeto credível, mas que não é um projeto que se resigna aos problemas", apontou.
Durante o seu percurso pelo centro do Porto, Manuel Pizarro, médico de profissão, aproveitou para distribuir caixas para guardar medicamentos.
E, questionado sobre que doenças é que o Porto sofre, foi perentório: "A cidade sofre de carência habitacional aguda e grave, sofre de imobilidade dramática no trânsito e sofre de alguma ansiedade relacionada com a segurança".
Problemas para os quais tem a terapêutica certa, concluiu.
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